Coimbra

Doentes covid internados na Ginecologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 22-12-2021

O aumento de casos de covid-19 está a ter impacto no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Duas enfermarias do serviço de Ginecologia estão a ser utilizadas para o internamento de doentes infetados. A situação, que reduz a capacidade do serviço para doentes não covid em 50%, foi confirmada ao Notícias de Coimbra (NDC) por Nuno Devesa, diretor clínico do hospital. 

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“Para os doentes [covid] não críticos, de enfermaria, já teve de haver reorganização de serviço, inclusivamente houve a deslocalização de dois serviços: a cirurgia vascular passou para o edifício da cirurgia cardíaca para que a ginecologia fosse localizada na cirurgia vascular e as duas enfermarias de ginecologia neste momento estão alocadas ao doentes covid”, explicou o diretor clínico do CHUC. A situação, que se tem processado de forma gradual, nas últimas semanas “já teve implicações porque houve necessidade de redução da capacidade de internamento de Ginecologia em cerca de cinquenta por cento”.

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O CHUC tem oito doentes internados em Cuidados Intensivos, para capacidade instalada de quinze, além da expansão prevista no plano de contingência. Já no que respeita a doentes não críticos são 61, para uma capacidade instalada de 74 camas que poderá ir às 94, informa Nuno Devesa, em entrevista em direto via remota ao NDC.

Os doentes Covid que foram internados no serviço de Ginecologia fazem parte da lista de não críticos, mas esta “reorganização”, que está a ser feita “em função das necessidades” é um sinal de alerta para o CHUC. “Temos de gerir duas frentes: os doentes covid e não podemos descuidar a assistência aos doentes não covid, todas as nossas respostas à cidade e à região”, sublinha o responsável, consciente de que haverá uma “maior pressão não só no internamento como no serviço de Urgência” e isso vai “impactar seguramente as respostas”.

Também Carlos Robalo Cordeiro, diretor do Serviço de Pneumologia dos CHUC, se mostra preocupado com o “impacto significativo” que o aumento da incidência tem no tratamento de doentes não covid. “Há uma desestabilização da atividade dessas unidades e desses espaços que fica comprometida”, disse em entrevista ao NDC.

O especialista lembra que a circulação da variante Ómicron é “muito rápida o que cria um grande aumento de casos”. Robalo Cordeiro não tem “dúvida que o impacto vai ser progressivo nestes próximos dias”. Destacando “a importância da vacinação”, sublinha ainda o papel fundamental que as medidas de contenção decretadas pelo Governo podem vir a assumir no processo.

O CHUC está a preparar-se para uma nova vaga e nenhuma possibilidade é descartada, nomeadamente voltar a converter o Hospital dos Covões numa unidade covid, revelou Nuno Devesa, questionado pelo NDC.  “Vamos agir consoante as necessidades, esperemos que não seja com a gravidade de anteriores, mas todas as hipóteses estão em cima da mesa e portanto temos o nosso plano de contingência, mas isto, à custa depois de compromisso da atividade programada não só por cedência de camas que normalmente estariam afetas ou outros serviços como de recursos humanos, médicos, enfermeiros e assistentes operacionais que vão
deixar de fazer o que normalmente fazem”.

Veja o direto NDC com Nuno Devesa:

Veja o direto NDC com Carlos Robalo Cordeiro:

 

 

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