Saúde
Doente oncológica ganha luta. Conseguiu que fosse aprovado remédio para cancro
Sandra Gomes, de 40 anos, conseguiu o seu objetivo: fazer com que um remédio fosse gratuito para doentes oncológicos.
“Foi à Assembleia da República e criou uma petição”, tudo para “tornar gratuito e transversal um remédio contra o cancro”. A mulher chegou a ser criticada. É a segunda vez que passa por um cancro na mama e conta ao Correio da Manhã que “voltava a fazer tudo para conseguir esta conquista”.
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O fármaco estava apenas disponível para doentes com cancro pela primeira vez. Noutros casos, teriam que pagar milhares de euros pelo remédio.
Foi aprovado a 7 de julho.
O medicamento não estava disponível para este tipo de cancro no Serviço Nacional de Saúde e são precisos milhares de euros para ter acesso. Sandra garante que pediu acesso ao fármaco ao Infarmed em janeiro, mas até julho, não tinha obtido resposta. “O SNS vai-me deixar morrer”, referia a mulher, na altura, desesperada.
Vera Almeida deu a cara pela luta. A mulher tentava engravidar pela segunda vez quando descobriu ter cancro da mama. Em agosto, o medicamento Pembrolizumab, pelo qual Sara esperava, ainda não estava aprovado. Sem dinheiro para o tratamento, Vera hipotecou a casa. O amigos não ficaram indiferentes e avançaram com uma petição pública. Apesar de ter sido uma luta difícil, Vera saiu vitoriosa com quase 30 mil assinaturas. No dia 5 de abril, o programa de acesso precoce foi aprovado.
O Pembrolizumab já é utilizado em Portugal há pelo menos seis anos no tratamento de outros cancros, como o do pulmão. No entanto, só agora foi aprovado para o cancro da mama triplo negativo, no caso de Vera. Trata-se de uma doença em que o número de casos ao longo dos últimos anos tem aumentado.
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