Coimbra
Doença Pulmonar: Médicos querem aumentar diagnóstico
“Figueira Respira” é o nome do projeto inovador que tem como grande objetivo travar o avanço da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) na Figueira da Foz. Esta iniciativa conta com o apoio da Administração Regional de Saúde do Centro, Hospital Distrital da Figueira da Foz, Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego e Unidades de Saúde Familiares São Julião e Buarcos e Câmara Municipal da Figueira da Foz.
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“Existem atualmente cerca de 4900 doentes identificados com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) na região da Figueira da Foz, mas estima-se, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, que existam ainda cerca de 4000 doentes por diagnosticar” explica Lígia Fernandes, pneumologista do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
“Com este projeto queremos melhorar a articulação de cuidados de saúde para uma identificação precoce e monitorização adequada da DPOC, aspetos estes determinantes na evolução da doença. Pretendemos identificar mais cedo factores de risco e/ou sinais e sintomas da doença, e aumentar a capacidade de resposta às espirometrias com o consequente aumento de diagnósticos de DPOC na nossa região. Vamos também apostar na formação dos profissionais de saúde e, muito importante, na sensibilização da população”, refere a pneumologista.
“Pretendemos continuar a promover campanhas de sensibilização junto dos utentes e comunidade para alertar para os riscos do tabagismo e complicações da DPOC. Queremos também diminuir o número de fumadores na região, com o recurso à consulta de cessação tabágica e estamos ainda a desenvolver um programa de melhoria de qualidade de vida e de alteração de comportamentos, dirigido aos doentes já identificados”, afirma Maria Pacheu, médica de família na USF S.Julião.
O projeto “Figueira Respira” integra-se no programa “Boas Práticas de Governação”, uma iniciativa da Novartis em parceria com a Universidade Nova de Lisboa. Ao longo do programa os participantes tiveram a acesso a um plano curricular desenvolvido pela Universidade e que lhes garantiu as bases teóricas e o acompanhamento necessário ao desenvolvimento do projeto.
Este ano sob o tema “Caminhos para a Humanização”, o programa “Boas Práticas de Governação” teve como objetivo principal a implementação de projetos inovadores que fomentem uma maior articulação entre cuidados de saúde primários e hospitalares, que possam trazer melhorias efetivas para o doente.
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