Coimbra
Docente do Politécnico de Coimbra elabora primeiras normas europeias de referência para limites de radiação em exames pediátricos
O docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTeSC) do Politécnico de Coimbra (IPC), Graciano Paulo, é coautor das primeiras normais europeias que têm como objetivo definir níveis de referência de diagnóstico em pediatria nos exames de radiologia convencional, tomografia computorizada (tac) e radiologia de intervenção.
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A importância destas diretrizes prende-se com o risco de saúde associado ao uso de radiação ionizante em medicina, o que é particularmente importante no que diz respeito às crianças por serem mais sensíveis à radiação.
O docente da ESTeSC acredita que a implementação destas normas vai levar “a uma redução significativa na radiação a que as crianças são submetidas nos exames radiológicos”.
Com o título “European Guidelines on Diagnostic Reference Levels for Paediatric Imaging”, estas normas publicadas pela Direção-Geral da Energia da Comissão Europeia pretendem assim definir valores de referência no espaço europeu, segundo o princípio de usar a menor quantidade de radiação possível sem comprometer os resultados do exame, protegendo, desta forma, as crianças de valores elevados de radiação. Graciano Paulo espera agora “que utilizando esta metodologia se passe a ter uma forma homogénea, nos vários países da Europa, de avaliar a exposição à radiação”.
O Presidente da ESTeSC, José João Joaquim, destaca que a segurança dos doentes “é uma prioridade no contexto da utilização de procedimentos em saúde e os grupos de risco devem merecer uma atenção particular dos profissionais e da academia, no sentido de criar conhecimento para a adoção de boas práticas” e que, por esse motivo, esta investigação é de “extrema importância para mostrar à sociedade a capacidade e a qualidade que a Escola vem assumindo, mas acima de tudo a possibilidade de disponibilizar conhecimento e recursos em benefício da comunidade, neste caso em concreto de uma população muito especial”.
Estas diretrizes foram desenvolvidas pela Sociedade Europeia de Radiologia (ESR), pela Sociedade Europeia de Radiologia Pediátrica (ESPR), pela Federação Europeia de Associações de Técnicos de Radiologia, Radioterapia e Medicina Nuclear (EFRS) e pela Federação Europeia de Organizações de Física Médica (EFOMP).
Pela importância destas entidades, Graciano Paulo afirma que estas diretrizes “vão passar a ser utilizadas em todo o mundo”.
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