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Dispositivo monitoriza “em tempo real” cancro do pâncreas

Notícias de Coimbra | 12 meses atrás em 15-12-2023

Investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) desenvolveram um dispositivo que, através da qualificação visual de biomarcadores, permite monitorizar “em tempo real” o cancro do pâncreas, foi hoje revelado.

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Em comunicado, o ISEP esclarece que os investigadores do LabRise estão a criar “uma nova abordagem” para monitorizar o cancro.

A abordagem consiste “num arranjo simples de sensores fluorométricos, utilizando compostos fluorescentes para a qualificação visual de biomarcadores de cancro, em particular do cancro do pâncreas”.

Este método permite observar “em tempo real” a presença de biomarcadores, através de dispositivos portáteis de leitura direta, e pode ser integrado em dispositivos móveis, sendo que a câmara do telefone captura os resultados.

“A transdução de sinal por via colorimétrica em suporte sólido permite uma avaliação semiquantitativa, proporcionando uma representação visual da concentração do biomarcador”, refere.

Segundo o ISEP, as coordenadas de cor obtidas permitem calcular de forma semiquantitativa a concentração do biomarcador na amostra, traduzindo-se numa “ferramenta eficaz para monitorizar a evolução da doença e prevenir recidivas”.

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Citada no comunicado, a investigadora Margarida Cerqueira, do LabRise, salienta que os sensores “foram concebidos para serem testados em soro, demonstrando a sua aplicabilidade em amostras complexas”.

“Além disso, esta tecnologia pode ser adaptada para outros biomarcadores, ampliando o seu potencial como uma ferramenta valiosa na monitorização contínua da evolução da doença”, acrescenta a investigadora do laboratório que visa o desenvolvimento, modificação e caracterização de nanomateriais com funcionalidades próprias e aplicação em contexto médico e industrial.

O cancro continua a ser uma das principais causas de mortalidade e morbilidade em todo o mundo, o que potencia a descoberta de métodos inovadores, não só para o diagnóstico, mas também para acompanhamento da evolução da doença.

Esta metodologia abre a possibilidade de uma gestão mais eficaz do cancro, salienta o instituto do Porto.

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