Saúde
Diretor dos HUC afirma que todos os profissionais estão cheios de trabalho no Serviço de Urgência
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) deu, esta segunda-feira, as boas vindas a 207 novos médicos internos, que iniciam agora uma importante fase da sua formação e da sua carreira.
Durante a cerimónia de acolhimento, que decorreu no auditório principal do Polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), o presidente do Conselho de Administração, Carlos Santos, sublinhou que se trata de “um dia muito importante” para os jovens médicos mas também para o CHUC que, “além de uma unidade de excelência clínica, é também uma unidade de referência na formação pré e pós graduada, um hospital universitário com grandes responsabilidades na formação dos jovens médicos”.
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Para Carlos Santos, estes jovens profissionais “são o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, sendo das responsabilidades das várias equipas do CHUC assegurar “a qualidade da sua formação e a qualidade dos serviços de saúde que serão prestados no futuro”.
Aos 207 novos médicos – 98 que iniciam o ano de Formação Geral e 109 de Formação Especializada – foram deixados vários conselhos para este ano de internato, que assentam, acima de tudo, na integração e num trabalho conjunto entre todos os profissionais. “É muito importante que os jovens médicos em formação sejam pro ativos, que procurem apoio, que se interessem, que não tenham uma atitude passiva, que ouçam e sigam os mais velhos e que respeitem todos os profissionais e todos os doentes porque é assim que se constrói a relação médico/doente que tão importante é para o diagnóstico, prognóstico e para o tratamento clínico”, sublinhou Carlos Santos ao Notícias de Coimbra.
O diretor do Serviço de Urgência dos HUC, João Porto, também reforçou a importância do trabalho de equipa nesta fase e assegurou aos jovens profissionais que nunca estarão sozinhos. Lembrou que “temos em Portugal um serviço que assenta muito no serviço de urgência, que é a porta de entrada do SNS”, o que acaba por gerar “situações complicadas” para todos os profissionais, sobretudo nas alturas de maior afluência de utentes, como a que se verifica atualmente.
“Todos os profissionais de saúde estão cheios de trabalho no Serviço de Urgência e sem tempo para orientar por isso peçam sempre ajuda porque todos estamos disponíveis para ajudar”, assegurou.
A integração dos novos médicos internos nas equipas de trabalho e nas suas funções específicas é, assim, fundamental e visa potenciar, como realça o hospital, “a performance e o desempenho, promover a satisfação pessoal e profissional e sensibilizar para as questões da humanização na prestação dos cuidados de saúde”.
De acordo com os números divulgados por Luís Trindade, diretor do Internato do CHUC, dos 109 jovens médicos de Formação Especializada cerca de 60% são mulheres e 19 (cerca de 20%) vem da formação geral do CHUC, sendo os restantes de fora da cidade. Na Formação Geral, o sexo feminino está também em maioria, representando cerca de 70%.
“As mulheres estão em maioria nos dois casos. É preciso estar preparado para criar condições para que possam conciliar a profissão com a vida familiar, social e também com a maternidade”, reforçou.
Os jovens médicos aguardam com expectativa por esta nova fase. Consideram que o internato será “um ano de grande aprendizagem” e um dos “primeiros grandes desafios” que têm na sua vida profissional. Para muitos, significa também uma nova fase na vida pessoal, já que iniciam este percurso numa nova cidade.
Veja os vídeos dos diretos NDC:
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