Justiça
Diretor da PJ destaca reforço de mais de 400 pessoas nos últimos anos
O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) salientou hoje que nos últimos quatro anos foi possível reforçar o quadro de inspetores da investigação criminal em cerca de 440 pessoas e que em breve será aberto concurso para peritos.
“É um balanço balanço positivo. É o maior reforço que foi feito na história da instituição (PJ) em termos de meios humanos”, enfatizou Luís Neves, que falava aos jornalistas no final da sessão de abertura do colóquio que, em Lisboa, assinalou o Dia Internacional de Combate à Corrupção.
Após se apontar no passado a questão da falta de meios, o diretor nacional da PJ entende que houve uma “inversão” da situação, referindo que em fevereiro terminou um curso de 100 inspetores, em janeiro próximo inicia-se outro curso de mais 100″ e está previsto para breve a abertura de um concurso para mais 70.
“Estamos mais capacitados e haverá mais capacidade no futuro”, referiu Luís Neves, notando que nos últimos quatro anos “foi possível indicar cerca de 440 pessoas só para a investigação criminal”, havendo ainda a intenção de contratar mais peritos para a PJ, nomeadamente para as áreas informática e tecnológica.
Segundo o diretor da PJ, com este reforço de meios haverá uma “mescla” entre a experiência de quem já trabalha na instituição e o “sangue novo” que irá aumentar a capacitação desta polícia de investigação criminal para combater a corrupção e outros crimes.
Luís Neves disse partilhar da ideia da procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, de que uma das prioridades do combate à corrupção e crimes conexos deve incidir no confisco e recuperação de ativos daquele tipo de criminalidade económico-financeira, por forma a que sejam retirados os proveitos do crime e a perda alargada dos bens seja efetiva e eficaz.
“Isso passa pelo apetrechamento de mais pessoas e pelo conhecimento e formação” do pessoal vocacionada para enfrentar aqueles fenómenos criminais.
Nas palavras de Luís Neves, todas as áreas de combate à corrupção são “relevantes”, incluindo a área política, económica, desportiva e social, aproveitando para realçar a denúncia anónima dos cidadãos através de mecanismos, mas que permitem à PJ e ao MP investigar as situações.
O diretor da PJ salientou ainda a “autêntica revolução” que está a ser feita no “parque imobiliário da PJ”, apontando as novas instalações da PJ em Braga, e as novas estruturas previstas para o Algarve (Faro), Alentejo (Évora) e Setúbal.
Revelou ainda que está em análise a possibilidade de haver novas instalações da PJ em Coimbra.
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