Coimbra
Director do Machado de Castro diz que Prémio Museu Português do ano é o “reconhecimento” da requalificação
A diretora do Museu Nacional Machado de Castro considerou que a atribuição do Prémio Museu Português 2013, hoje anunciada, é “o reconhecimento” do trabalho de requalificação feito na instituição, entre 2007 e 2012.
“Este projeto de requalificação queria exatamente isto: transformar o Museu Machado de Castro numa referência na museologia portuguesa”, afirmou à agência Lusa a diretora do museu, Ana Alcoforado, imediatamente após o anúncio, hoje, em Lisboa, dos vencedores dos prémios anuais da Associação Portuguesa de Museologia (APOM).
O Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, e o Museu do Ar, em Sintra, foram distinguidos este ano, ex-aequo, com o Prémio Melhor Museu Português 2013, atribuído pela APOM.
“Ter o reconhecimento dos pares é, para nós, muito importante. Estamos no caminho certo”, sublinhou Ana Alcoforado, afirmando que a requalificação” foi um projeto inovador”, que potenciou “o diálogo com os diferentes públicos” e outra visão da “museologia”.
O prémio é também importante “para a cidade” de Coimbra, num museu que, segundo Ana Alcoforado, “tem tido uma excelente reação de todo o público”, desde a sua reabertura total.
A lista de premiados, com 24 categorias, foi hoje anunciada no Museu das Comunicações, em Lisboa, na presença de representantes de dezenas de entidades nomeadas e galardoadas, e pela direção da APOM.
João Neto, presidente da APOM, justificou a escolha “pelo investimento que foi feito no Museu Nacional Machado de Castro”, em Coimbra.
Inaugurado em 1913, o Museu Machado de Castro teve como acervo inicial as coleções que pertenciam ao Instituto de Coimbra e ao Museu das Pratas, recebendo classificação de Museu Nacional na década de 1960, para homenagear o escultor régio, considerado um dos maiores representantes da escultura portuguesa do século XVIII.
Em maio de 2011, quando completou um século sobre a sua criação, o MNMC estava parcialmente aberto ao público, devido às obras de requalificação e ampliação, que, envolvendo um investimento da ordem dos 15 milhões de euros, decorreram entre 2007 e 2012.
Após obras de remodelação, o museu reabriu ao público em 2012, com as áreas de exposição permanente e de acolhimento aos visitantes, concentradas no mesmo edifício, entre as quais uma exposição sobre a sua história.
A mostra pretendeu revelar “os momentos mais significativos dos cem anos, quem foram os grandes mentores e obreiros de toda esta construção”, o “trabalho feito” e a evolução da museologia neste período, disse, à agência Lusa Ana Alcoforado, na altura da inauguração da mostra.
As comemorações do centenário do MNMC encerram em 2014, com o lançamento do livro “100 anos, 100 obras”.
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