Coimbra

Diocese de Coimbra quer escutar “todos, todos, todos” com o Sínodo dos jovens

Notícias de Coimbra | 1 hora atrás em 15-10-2024

“Caminhar em conjunto”. Este é o lema que a Diocese de Coimbra vai ter bem presente nos próximos três anos, com a criação do Sínodo dos Jovens.

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O Sínodo “faz parte da proposta de atualização da Igreja depois do Concílio Vaticano II”, começa
por esclarecer Francisco Malva, na sessão de apresentação do projeto à comunidade, realizada no
passado domingo, no Murphy’s Irish Pub Coimbra.

“Devemos decidir em conjunto o que queremos da Igreja, devemos escutar todos aqueles que
caminham na Igreja, perceber os desafios e obstáculos, e, para isso, recolher informações de
quem faz parte da Igreja”, explicou o coordenador.

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Conscientes de que muitos foram os jovens que se foram afastando da Igreja nos últimos anos,
considerando que ela não é atrativa, o Sínodo dos Jovens pretende encontrar caminhos para
reaproximar os que se “perderam”, refere Francisco Malva.

O projeto, cuja duração se estima de cerca de três anos, passará por oito fases: a primeira tem como objetivo a criação de um documento explicativo do que é o Sínodo, a respetiva pertinência, etapas, momentos-chave, equipa, enquadramento no plano pastoral da Jornada Mundial da Juventude 2023.

A segunda fase é a da escuta, em que se pretende ouvir as alegrias, preocupações, dificuldades dos jovens, o que os move, porque vão à Missa, porque se mantêm na fé, como é a relação com a religião e o que Deus lhes dá, criar questionários por unidades pastorais, envolver e comprometer na resposta a estas questões.

A terceira diz respeito à elaboração de um primeiro documento síntese das respostas recolhidas na fase anterior; A quarta implica a organização de assembleias locais, em que se pretende ler e comentar a primeira síntese das informações recolhidas, discutir e analisá-la, compreender diferenças entre locais e idades, possivelmente em arciprestados; a quinta, por sua vez, passará pela elaboração da segunda síntese, desta feita decorrente da análise e discussão resultantes das assembleias promovidas na etapa anterior.

Em seguida, na sexta fase, realizar-se-á a organização da Assembleia de Jovens Líderes, em que se pretende fazer a análise e discussão da segunda síntese elaborada e definir 10 desafios concretos para a
Diocese, sendo que esta assembleia será presidida pelo Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, e equipa do Sínodo dos Jovens, e contará com a participação de jovens líderes (cinco por arciprestado), padres, animadores, paróquias e movimentos.

Por fim, será feita a apresentação do documento final e entrega à Diocese de Coimbra dos 10 desafios estabelecidos, decorrendo uma votação final.

Depois de apresentadas as linhas mestras do projeto, foi apresentado o logótipo do Sínodo dos
Jovens, que congrega três símbolos que pretendem explicar de forma simples o significado deste
projeto: a cruz, o caminho e sinodalidade e a unidade e inclusão.

De acordo com fonte do Sínodo dos Jovens, “a cruz, que aparece no topo do caminho, simboliza o destino final da fé cristã e o sacrifício de Cristo, que guia a comunidade no presente e ilumina o futuro. Ela serve como um lembrete do compromisso com os valores cristãos e com a missão da Igreja”; “a estrada que guia o olhar dos jovens até à cruz é um símbolo forte da jornada sinodal. Representa a caminhada partilhada, onde todos seguem juntos, com um objetivo comum: o encontro com Cristo e com a sua casa.

Esse caminho sugere que, embora haja desafios e desvios, a união e a fé conduzem ao destino final”; “o conjunto de jovens destaca o compromisso da Igreja em escutar as vozes de todos, promovendo a sinodalidade como um processo participativo e inclusivo. Cada jovem é uma peça essencial dessa jornada, representando as diversas contribuições e perspectivas que fortalecem a comunidade eclesial”.

Numa tarde pontuada pela escuta de momento musicais, que intercalaram testemunhos da
vivência da fé cristã na vida de um médico, de um casal cristão, e na de uma jovem estudante,
foi dado a conhecer à comunidade presente que “todos, todos, todos” são chamados a dar opinião
e sugestões para fazer da Igreja um espaço que ama a todos por igual, “sem maquilhagens”, tal
como referiu o Papa Francisco no âmbito da JMJ Lisboa 2023.

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