Saúde
Dieta vegana é a melhor para o planeta mas uma das mais caras
A dieta vegana, seguida por pelo menos 12% dos portugueses, é a melhor para o planeta, embora seja a mais cara entre os quatro regimes alimentares mais comuns, indicou hoje a organização DECO PROTESTE.
Em comunicado, a organização de defesa do consumidor refere ter analisado os regimes vegano, ovolactovegetariano, mediterrânico e planetário (“desenvolvido com base na evidência científica, alia dieta, saúde e proteção do planeta”) e concluído que o primeiro “é o mais dispendioso, exigindo mais de sete mil euros por ano”, enquanto “a dieta planetária, que custa cerca de menos mil euros, não tem os mesmos benefícios ambientais”.
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“Todos os valores apresentados têm por base um plano alimentar equilibrado para quatro pessoas (dois adultos, uma criança e um adolescente)”, explica.
Em termos de redução da pegada ambiental, o mais aconselhado é seguir um regime vegano, que não prevê o consumo de proteína animal. Mas mesmo neste caso, a DECO assinala que “trocar a bebida de amêndoa por uma de aveia, reduz 20% o consumo de água”.
“Numa semana, poupam-se mais de 1.500 litros de água e dois quilos de CO2 equivalente. Ou seja, corta o potencial de aquecimento em 10%”.
Para os que consideram demasiado difícil seguir um regime vegano, a organização refere que “uma dieta tendencialmente mais vegetal, temperada com quanto baste de proteína animal, tem também benefícios ambientais, quando comparada com as dietas mediterrânicas e planetárias”.
Os ovolactovegetarianos podem substituir o leite de vaca por uma bebida de soja, diminuindo “5% a emissão de CO2, 6% o consumo de água e 1% a ocupação do solo”.
E mesmo os que seguem a dieta mediterrânica conseguem reduzir em 5% o potencial de aquecimento global e o consumo de água se trocarem os bifes de vaca (que exigem mais recursos) pelos de frango.
Já em termos de custo, a mais barata é a dieta planetária, baseada em hortícolas, cereais integrais, leguminosas e oleaginosas e em que os laticínios e a carne vermelha são reduzidos a figurantes.
O cabaz semanal desta dieta totaliza 120 euros, o da mediterrânica 127 euros, o da ovolactovegetariana 131 euros e o da vegana 142 euros, de acordo com o estudo.
Os veganos gastam 45% da despesa global semanal em equivalentes lácteos (dada a ausência de todo e qualquer alimento de origem animal) e hortícolas e fungos (como os cogumelos), enquanto 44% dos gastos dos ovolactovegetarianos devem-se a hortícolas e aos frutos.
Hortícolas, cereais e tubérculos e frutos representam 59% da despesa total dos que seguem uma dieta mediterrânica, com consumo moderado de laticínios e carne vermelha, já os que optam por um regime alimentar planetário gastam 65% do valor semanal em “hortícolas, cereais e tubérculos, carne, pescado e ovos”.
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