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Diário de Coimbra assinala 90 anos de existência. Parabéns!

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 24-05-2020

Fundado em 1930, o Diário de Coimbra assinala, hoje, 24 de Maio, 90 anos de existência.

Um caso raro de longevidade no sector. É o mais antigo jornal diário em Portugal que se mantém na propriedade da família do seu fundador e um dos mais antigos da Europa.

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Numa mensagem enviada ao jornal, a propósito do seu aniversário, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recorda Adriano Lucas e destaca o papel de resistência do Diário de Coimbra: “Um grande abraço de parabéns, evocando Adriano Lucas. Estivemos juntos na primeira Lei da Imprensa em Democracia e sobretudo evocando o vosso papel, de resistentes. Num tempo de crise. Resistentes por aquilo que é fundamental. Não é apenas o Poder Local, o poder regional. É o que é um pilar do Estado de direito no nosso país. Uma Imprensa forte, uma Imprensa isenta e uma Imprensa independente. Estarei sempre ao vosso lado como tenho estado desde o início do meu mandato».

Fundado por Adriano Viegas da Cunha Lucas (1883-1950), o Diário de Coimbra foi liderado por Adriano Mário da Cunha Lucas (1925-2011) durante cerca de seis décadas, período durante o qual fundou os Diário de Aveiro, Diário de Viseu e Diário de Leiria.

Ao longo destas nove décadas, o Diário de Coimbra assumiu-se como acérrimo defensor da Região das Beiras tendo assumido, por mais de uma vez, posições públicas em defesa das populações. É algo que
está na matriz do jornal. Logo em 1932, na sequência de um naufrágio ao largo da Figueira da Foz (que vitimou 10 pescadores) o jornal organizou um “bando precatório”, com grupos de estudantes, “de capas estendidas”, a percorrerem “toda a cidade, penetrando em todos os bairros” a pedir ajuda para a gente do mar. O “bando terminou já noite cerrada”, conseguindo mais de “oito contos”, congratulava-se então o jornal, agradecendo a todas as entidades envolvidas.

Outras campanhas se seguiram para ajudar os mais pobres, mas também abaixo-assinados, como foi o caso, em 1974, de uma iniciativa que juntou 15 mil assinaturas para terminar com o atravessamento dos comboios pelo meio da cidade de Coimbra, causando acidentes graves.

Em 1999, o Diário de Coimbra assumiu – a par com as populações e várias instituições da cidade – o combate contra a co-incineração de resíduos sólidos na cimenteira de Souselas. Um exercício de cidadania que resultou na subscrição de uma petição, entregue pelo então director Adriano Lucas ao presidente da Assembleia da República, a 19 de Janeiro, com 52.464 assinaturas, sendo, à época, a maior de sempre por iniciativa local.

Já em 2010, o jornal distribuiu milhares de cópias da petição contra a paralisação das obras do Metro Mondego promovida pelo Diário de Coimbra e iniciada pelo jovem Bruno Ferreira. Em poucos dias
recolheram-se 8.614 assinaturas, entregues no Parlamento.

Hoje dirigido por Adriano Callé Lucas, neto do fundador, o Diário de Coimbra é líder de audiências na sua zona de abrangência e tem vindo a crescer em número de leitores.

Foi um dos jornais pioneiros em Portugal na distribuição porta-a-porta junto dos seus assinantes o que hoje acontece em cerca de uma dezena de concelhos da região. Além da edição impressa, o Diário de Coimbra disponibiliza uma APP que permite aos assinantes, em qualquer ponto, o acesso a todas as suas notícias. Na rede social Facebook conta com mais de 110 mil seguidores.

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