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DGS admite que situações particulares em lares obriguem a atrasar visitas

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 12-05-2020

A diretora-geral da Saúde disse hoje que “a grande maioria dos lares” estará em condições de retomar as visitas na segunda-feira, mas admitiu que existem “situações particulares” que, sendo avaliadas pelas autoridades de saúde locais, poderão ser “diferidas”.

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“O país é bastante assimétrico. Há situações particulares, onde de acordo com a avaliação do risco das autoridades de saúde, as visitas poderão ser diferidas para uma outra data. Mas na grande maioria dos lares estaremos em condições”, disse Graça Freitas.

Na segunda-feira foi anunciado que as visitas aos lares de idosos vão ser retomadas em 18 de maio, ou seja no início da próxima semana, mas vão ser sujeitas a agendamento prévio e, numa fase inicial, serão limitadas ao máximo de uma visita por semana e por utente.

Numa informação publicada no seu site, a Direção-Geral da Saúde (DGS) referia que este limite de um visitante por utente uma vez por semana poderá ser ajustado mediante as condições da instituição e a situação epidemiológica observada na zona onde o lar está localizado.

As visitas vão ter um tempo limitado, não devendo exceder os 90 minutos, acrescenta.

Hoje, Graça Freitas, que falava aos jornalistas na conferência de imprensa diária de ponto de situação sobre a pandemia de covid-19 em Portugal, frisou como “regra muito importante” não só “preparar os profissionais dos lares para esta retoma de visitas, mas também o diálogo com as famílias”.

“Há toda uma pedagogia que deve ser feita para que se cumpram circuitos, medidas de prevenção e controlo de infeção. Estas medidas aprendem-se e as pessoas aderem a elas se as perceberem”, afirmou.

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, questionado sobre o mesmo tema frisou a ideia de que em causa está “uma faixa muito vulnerável”, resumindo a medida que prevê o regresso às visitas em lares à frase: “visitas sim, mas com proteção e segurança”.

“É evidente que percebemos que muitas destas estruturas se estão a adaptar e a adequar à informação e orientações. Não estão todas preparadas ao mesmo tempo. Isso faz parte do processo e com certeza que com a colaboração das autoridades locais da saúde, esse processo far-se-á porque entendemos que é muito importante para a saúde mental e física também dos nossos idosos poderem novamente ver os seus familiares”, disse o governante.

Numa conferência de imprensa na qual Graça Freitas e António Lacerda Sales também foram questionados sobre o regresso à escola na próxima segunda-feira para o 11.º e 12.º anos, a reabertura de creches ou a reativação da I Liga portuguesa de futebol, a diretora-geral da Saúde apelou para o “bom senso” e garantiu que “as regras são feitas em parceria e aplicadas em parceria”.

“Há coisas que o bom senso, sem perder a segurança e a confiança dos cidadãos, pode levar a pequenos afinamentos conforme as situações”, disse a diretora-geral.

Antes, questionada sobre se a DGS tem tido em conta as opiniões de estruturas locais ou de parceiros de determinado setor, Graça Freitas disse que “cada regra, cada norma e cada orientação da DGS é muito negociada quer com os parceiros de outros Ministérios, quer com os parceiros do setor privado e social”.

“A DGS estabelece um conjunto de regras de boas práticas que nesta fase se destinam à retoma faseada da nossa vida normal, mas que não é a vida normal como nós a conhecíamos. É um novo tipo de normalidade (…). Não faz sentido a DGS fazer regras desfasadas da realidade”, referiu.

 

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