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Dezenas de bombeiros junto ao Tribunal de Leiria no dia do acórdão de Pedrógão
Dezenas de bombeiros estão hoje concentrados junto ao Tribunal Judicial de Leiria, para onde se prevê às 10:00 a leitura do acórdão do processo dos incêndios de Pedrógão Grande, no qual está acusado o comandante da corporação deste concelho.
No local, a partir das 08:30, começaram a chegar bombeiros, incluindo comandantes, de corporações de todo o país, constatou a agência Lusa no local.
Um dos bombeiros referiu que a iniciativa visa apoiar o comandante Augusto Arnaut, julgado por 63 crimes de homicídio e 44 de ofensa à integridade física, 12 dos quais graves, todos por negligência.
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Além do comandante Augusto Arnaut, vão conhecer a deliberação do tribunal dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro. A linha de média tensão Lousã-Pedrógão, onde ocorreram descargas elétricas que desencadearam os incêndios, era da responsabilidade da empresa.
Três funcionários da Ascendi – José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota – estão também a ser julgados. A subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava a Estrada Nacional 236-1, onde se registou a maioria das mortes, estava adjudicada à Ascendi Pinhal Interior.
Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, um antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estão igualmente entre os arguidos, assim como o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.
Em 31 de maio, quando Filomena Girão, a advogada de Augusto Arnaut, fez as alegações finais, bombeiros de todo o país também se concentraram junto ao Tribunal Judicial de Leiria, numa iniciativa para manifestar solidariedade ao comandante.
No dia 20 desse mês, a direção dos Bombeiros de Pedrógão Grande tinha apelado aos comandos das corporações de bombeiros do país para marcarem presença nesta sessão de julgamento.
O apelo surgiu num ofício que a direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande enviou às associações, federações e Liga de Bombeiros Portugueses, dois dias depois de o Ministério Público ter pedido a condenação a prisão efetiva, superior a cinco anos, do comandante de Augusto Arnaut.
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