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Detidas em flagrante cinco pessoas com 11 pontas de marfim no centro de Moçambique
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) de Moçambique deteve cinco pessoas em flagrante quando pretendiam vender 11 pontas de marfim, na província de Tete, no centro do país, disse hoje à Lusa fonte policial.
“A detenção foi possível através de uma denúncia da Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC). Um dos nossos agentes fez-se passar por comprador e detivemos os homens em flagrante, no domingo”, disse Celina Roque, porta-voz do Sernic em Tete.
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Segundo a fonte, o primeiro grupo, de três pessoas, foi detido na cidade de Tete com quatro pontas de marfim e o segundo grupo, de duas pessoas, foi detido na vila de Chitima, no distrito de Cahora Bassa, com sete pontas de marfim, uma pele de leopardo e um esqueleto de pangolim.
“Não conhecemos a proveniência dos animais abatidos”, disse Celina Roque, acrescentando que os produtos apreendidos foram entregues a ANAC.
A caça furtiva em Moçambique tem sido uma grave ameaça à vida selvagem no país, tendo reduzido drasticamente algumas espécies, segundo dados oficiais.
De acordo com os últimos dados da ANAC, desde 2009, o país perdeu pelo menos dez mil elefantes e, só na Reserva do Niassa, com uma extensão de 42.400 quilómetros quadrados, o número total desta espécie passou de 12.000 para 4.400 em três anos (entre 2011 e 2014).
Relatórios mais recentes indicam que o país perdeu, entre 2011 e 2016, 48% da população de elefantes.
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