Opinião

Desfaçatez

Opinião | Amadeu Araújo | Amadeu Araújo | 19 minutos atrás em 15-03-2025

No silêncio de uma porta fechada, uma figura da República resolve insultar, ao invés de o dizer no sítio próprio, um dirigente partidário.

A cobardia destes dias, leva alguns a esquecer as malas, a pedofilia e violência doméstica, até o racismo institucional, que deveria banir.

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Esta malta aprecia o que vem de fora, importadores batidos que estão empenhados em soltar mentiras e provocações. Com o espaço público preenchido com a imundície política.

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Valham os jornais internacionais, que classificam a crise portuguesa de falta de ética. Dúvidas por esclarecer, onde não deviam estar. Convém lembrar que as eleições se devem a suspeitas relacionadas com a empresa familiar que pertenceu ao primeiro-ministro.

Que nunca foram dadas, havendo até acusações a alguns deputados de estorvarem a ação governativa. Quando a democracia prescinde do escrutínio, aí está o que temos.

A pós verdade, a verdade alternativa e agora a perceção são tiques de uma rapaziada que confunde negócios e governação. É uma outra América. Ou uma Madeira.

Quando Costa caiu, num extraordinário golpe de mão, afirmavam-se contra o “vício e corrupção”. Poucos meses depois, a ética aceita agora que se mantenham em funções. Finos, sabendo que no fim do caminho estava o precipício, confiantes, acabaram por cair.

Meu filho, que se desprende desta malta na altivez dos seus 15 anos, pergunta porque não podemos ter uma solução à alemã, que desate os tantos nós que temos, promovidos por uma legislação opaca que beneficia quem a faz. Sim o Parlamento permite a não exclusividades de funções.

E todos acham normal viver com corrupção, ou a suspeita dela, na governação.

O que me deixa incomodado, para não usar outro termo, é a falta de sentido de Estado. Ou, talvez não, que estes, de um lado e do outro, são de carreira, anos e anos nas filas, intuito tático para proveito dos partidos. A fome do povo não os inquieta. Já a gabarolice e o passa culpas andam soltos que nem chama atiçada a alísios.

Ali, em Condeixa, temos bem mostrado o caminho. A maior autorização de abate de sobreiros do país, que é uma árvore nacional, levará ao corte de 1070 exemplares, para viabilizar central solar em Condeixa-a-Nova.

Percebemos, alumínio e vidro hoje, sucata no amanhã. A “imprescindível utilidade pública”, datada e carimbada, tal como o jogo das cartas, não é explicada. Basta o que eu digo.

Depois admiram-se que ande aí rapaziada com vontades trumpistas. Esse mundo  onde  negócios  e  política  são a mesma coisa.

Jamais.

OPINIÃO | AMADEU ARAÚJO – JORNALISTA

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