Com a chegada de um novo ano, sabe-se que a maioria destes desejos está na lista dos portugueses: comer melhor, praticar mais exercício físico, perder peso.
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Contudo, para muitas pessoas, estas resoluções acabam por se tornar fonte de frustração quando os resultados não aparecem como esperado, levando ao abandono e, muitas vezes, a um sentimento de culpa.
Mas e se o problema não for falta de força de vontade? O corpo pode resistir à perda de peso!
A obesidade continua a ser vista por muitos como uma questão de “comer menos e mexer-se mais”, uma ideia que ignora os complexos fatores biológicos, genéticos e sociais que tornam esta condição uma das mais desafiantes para enfrentar. Como resultado, muitos começam o ano determinados a perder peso, mas enfrentam barreiras invisíveis que dificultam a concretização das metas.
Mais de 58,6% da população portuguesa tem excesso de peso ou obesidade, sendo que cerca de 1 milhão de portugueses vive com obesidade.
Apenas menos de 1% dos doentes com obesidade em Portugal recebe o tratamento adequado, que deveria incluir acompanhamento multidisciplinar e terapias personalizadas.
A obesidade está associada a mais de 200 doenças, como diabetes tipo 2, hipertensão e certos tipos de cancro, sublinhando a necessidade urgente de uma abordagem mais robusta e integrada.
O desejo de mudança começa com o conhecimento. Para 2025, o desejo de José Silva Nunes (presidente da SPEO), de Paula Freitas (presidente da SPEDM), de John Preto (presidente da SPCO) e de Carlos Oliveira (presidente da Adexo) é simples, mas ambicioso: substituir frustração por informação e capacitação. Acreditam que, ao abordar a obesidade como uma doença crónica – e não como uma falha pessoal –, podem ajudar a transformar resoluções de Ano Novo em mudanças reais e duradouras.
Este é o ano de olhar para a saúde com um foco diferente.
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