Saúde
“Descobri que o meu filho fuma. E agora o que faço?”
“Descobri que o meu filho fuma. E agora o que faço?” – esta é uma pergunta muito frequente, infelizmente. Os jovens estão cada vez a fumar mais cedo, bem como o número de fumadores a aumentar.
Se percebeu em algum momento que o seu filho ou filha fuma ou ele próprio lhe contou, saiba que não está tudo perdido e um dos passos é ter uma conversa. A psicóloga Carolina Pinheiro, do VidaAtiva, explica como gerir todo este tipo de situação.
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Se o seu filho fuma ou percebe que possa ter começado a fumar, pode transmitir algumas destas mensagens: “o tabaco causa doenças respiratórias, cancro da boca, esófago e pancreático”, “doenças cardiovasculares”, “morte prematura em crianças e adultos”, “dificuldades no desempenho desportivo”, “a rapidez com que a dependência do tabaco se desenvolve e a gravidade da dependência do tabaco”, revela.
E como devo agir?
Dê o exemplo: Os estudos referem que as crianças e jovens que vivem com pais ou outras pessoas que fumam têm muito mais probabilidade de começar a fumar. Não se esqueça, as crianças moldam mais facilmente um comportamento do que o que lhe diz. Se fuma, não o faça em casa ou no automóvel.
Comunicação: Converse sobre os seus sentimentos sem os desvalorizar; sobre os seus medos, dúvidas, escute-o. É importante que os filhos sintam que os pais estão disponíveis para os ouvir e que se preocupam com a sua opinião. Estabeleça uma relação, desde cedo, de confiança com o seu filho, conta a psicóloga.
Crie rotinas: As crianças gostam de rotinas. Crie o hábito, desde cedo, de todos os dias falar um pouco com o seu filho sobre o seu dia. Isto fará com que saiba o que se passa no seu dia (sem ser interrogatório), conheça os seus hábitos, companhias.
Consequências: É importante que entenda que os adolescentes que fumam tornam-se dependentes da nicotina mais rapidamente do que os adultos. Faça-o compreender as consequências de curto, médio e longo prazo do ato de fumar: problemas de saúde para si e outros; a questão financeira, entre outros exemplos que já lhe demos acima.
Mostre alternativas: Depois das consequências, mostre o que pode beneficiar.
Economiza dinheiro: Mostre os custos que fumar acarreta e explique que ao parar de fumar, pode gastar o dinheiro que economiza em algo que gostava de ter ou ter uma recompensa como uma ir ao cinema ou uma refeição fora, pode ler-se no artigo da VidaAtiva.
Benefícios para a saúde: Os níveis de monóxido de carbono e oxigénio no sangue voltam ao normal (semelhante aos que nunca fumaram); o paladar e olfato melhoram, saúde oral, uma redução no risco de morte súbita devido a um ataque cardíaco, função pulmonar mais eficiente, etc.
Saber dizer “Não”: Muitos dos comportamentos considerados de risco podem iniciar-se apenas pela curiosidade e o desejo de exploração do jovem, bem como pela influência do meio (pares, família, etc).
Explique que ele não é obrigado a fumar caso alguns dos seus amigos o faça. Não é isso que irá fazer com que não possa integrar um grupo “popular”. Com isto, trabalha outras competências com o seu filho.
Mostre que notou mudança no seu comportamento. Se perceber que o seu filho fuma, fale abertamente com ele sem o julgar ou culpar.
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