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Descoberta “caveira” em Marte

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 24-04-2025

Imagem: NASA/JPL-Caltech/ASU

Enquanto explora a Cratera Jezero à procura de vestígios de vida microbiana antiga, o rover Perseverance da NASA deparou-se com um enigma geológico inesperado: um conjunto de rochas invulgares que parecem não pertencer ao local onde foram encontradas.

Batizadas de “flutuantes” pela comunidade científica, estas rochas destacam-se por estarem descontextualizadas em relação ao solo marciano envolvente. Entre elas, uma estrutura específica despertou especial atenção dos investigadores – uma formação escura e solitária apelidada de “Skull Hill” (Colina da Caveira), descoberta numa área chamada Port Anson.

De acordo com a NASA, estas formações rochosas podem ter sido transportadas para o local por forças naturais há milhares de milhões de anos, numa época em que Marte era significativamente mais húmido e possuía rios, lagos, e talvez até oceanos. Com a passagem do tempo e o recuo das águas, os materiais mais frágeis ter-se-ão erodido, deixando para trás estas rochas resistentes, agora “empoleiradas” na paisagem árida, pode ler-se na Live Science.

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Apesar do aspeto escuro sugerir uma origem meteórica, as análises realizadas pelo Perseverance descartam essa hipótese, apontando antes para uma possível origem vulcânica. Minerais como olivina, piroxena e biotite, comuns em rochas ígneas tanto na Terra como em Marte, podem justificar a coloração e resistência destas pedras.

“Estas rochas podem ter sido originadas por formações vulcânicas próximas, que entretanto sofreram erosão, ou até ter sido projetadas à superfície por impactos que escavaram camadas profundas”, explicou a equipa da missão.

Embora as teorias se multipliquem, a origem exata destas rochas misteriosas permanece por confirmar. Os cientistas depositam agora esperanças nas amostras que o rover está a recolher e que, num futuro próximo, poderão ser trazidas para análise na Terra.

Esta descoberta reforça a importância das missões de exploração robótica como a do Perseverance, não só na procura de sinais de vida passada, mas também na compreensão profunda da história geológica de Marte.

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