Coimbra
Deputados Socialistas solidários com população que rejeita centro de resíduos na Figueira da Foz
Os deputados do PS eleitos pelo círculo de Coimbra que hoje visitaram, na Figueira da Foz, o local onde está previsto um centro de tratamento de resíduos manifestaram total solidariedade à população que contesta a localização.
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“Queremos manifestar total solidariedade para com estas populações”, disse à agência Lusa Pedro Coimbra, lembrando que a freguesia da Marinha das Ondas, no sul do concelho, onde estão instaladas duas grandes empresas de celulose e outras unidades industriais “é uma freguesia já densamente ocupada por indústria, o que tem prós e contras”.
“Tem a vantagem de trazer umas centenas, milhares de postos de trabalho, mas tem a desvantagem de haver algum impacto ambiental e algum impacto na vida das pessoas”, alegou Pedro Coimbra, adiantando que os deputados socialistas irão acompanhar o processo de licenciamento em curso do Centro Integrado de Valorização de Resíduos (CIVR) “e estar muito atentos ao cumprimento integral e rigoroso daquilo que é a aplicação da legislação e dos regulamentos”.
“Seremos absolutamente intransigentes no rigor da aplicação dessas leis e desses regulamentos. Mas não tenho a menor dúvida que as entidades responsáveis o farão com grande rigor”, enfatizou Pedro Coimbra.
A população criou um movimento de cidadãos para contestar a instalação do CIVR entre a estrada nacional 109 e a linha ferroviária do Oeste – no lugar denominado Canto das Rosas, na Marinha das Ondas – contestando o local, onde existiu uma suinicultura, hoje desativada, situado a poucas dezenas de metros de um restaurante e a cerca de 200 metros da povoação mais próxima.
O município da Figueira da Foz – que caso o licenciamento ambiental a cargo da Agência Portuguesa do Ambiente seja concedido, terá de intervir no processo para licenciar a obra – já terá mostrado abertura para mediar o caso e estudarem-se localizações alternativas, o que Pedro Coimbra considerou uma “solução razoável e bem-vinda”.
“O que importa é acompanhar o processo, perceber o andamento do mesmo e veremos em cada momento qual a melhor forma de atuar e poder intervir”, resumiu o deputado socialista.
Na visita de hoje, realizada a convite de dirigentes socialistas locais e autarcas de freguesia, os deputados Pedro Coimbra, Elza Pais, João Gouveia e Cristina de Jesus visitaram ainda diversos locais na freguesia de São Pedro, afetada pela tempestade Leslie e por fenómenos de erosão costeira, bem como a extensão de saúde e o posto da GNR da freguesia de Maiorca.
Sobre a extensão de saúde, Pedro Coimbra notou que existia “algum alarmismo público” sobre o eventual encerramento da unidade de saúde e os deputados do PS negaram essa possibilidade.
“O tempo de encerrar serviços públicos, sobretudo de saúde, já lá vai. A preocupação deste Governo é aproximar as populações daquilo que são os cuidados de saúde e Maiorca não é exceção. O facto de ir haver uma unidade de saúde familiar ali bem perto não implica, de forma alguma, o encerramento da extensão de saúde”, garantiu Pedro Coimbra.
“Hoje estava lá um médico, há lá médico e a resposta de cuidados de saúde aos cidadãos estava a ser assegurada e vai continuar a ser”, acrescentou.
Já sobre a questão do posto da GNR, Pedro Coimbra frisou que ele “não está fechado, ao contrário do que se diz”.
“Está aberto, tem efetivos, o que se pretende é que passem mais tempo na patrulha do que propriamente no posto. Não vai deixar de existir, o posto não está fechado, mas mais importante do que estar o posto aberto ou fechado é a patrulha na rua, é isso que dá segurança aos cidadãos, não é ter dois efetivos dentro de quatro paredes num posto”, argumentou o deputado do PS.
A esse propósito, Pedro Coimbra anunciou um “reforço do patrulhamento de proximidade”, questão que classificou como “nacional”.
“E Maiorca também aqui não é exceção”, alegou.
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