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Deputada Hortense Martins (PS) diz-se disponível a “colaborar com as autoridades”

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 13-03-2020

 A deputada socialista Hortense Martins manifestou-se hoje disponível para “colaborar com as autoridades”, após o levantamento da sua imunidade parlamentar, na sequência de suspeitas relativas a uso de dinheiros públicos num projeto hoteleiro.

“Esta é a hora da justiça e não da política suja, em que tudo parece valer para atentar contra os adversários que de outra forma não conseguem vencer. Da minha parte, estou como sempre estive, disponível para colaborar com as autoridades no esclarecimento cabal destas acusações e insinuações grosseiras”, afirma a deputada socialista, numa nota enviada à imprensa.

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A reação da deputada foi divulgada depois de a Assembleia da República, por unanimidade, levantar a imunidade parlamentar à deputada socialista, que, de acordo com o jornal Público, está implicada num processo relativo a uso de dinheiros públicos num projeto hoteleiro.

“Esta é uma etapa importante para averiguar a verdade dos factos, uma vez que, até ao momento, o que temos assistido é a uma campanha orquestrada, claramente com intuitos políticos, para delapidar a minha honra e dignidade”, declarou Hortense Martins.

Na terça-feira, a Comissão da Transparência e Estatuto dos Deputados aprovou um parecer a autorizar o levantamento da imunidade parlamentar à deputada do PS. A decisão foi confirmada hoje em plenário, aprovada por todos os deputados presentes.

De acordo com o jornal Público, Hortense Martins está implicada num processo judicial relacionado com o uso de fundos públicos nacionais e europeus num projeto hoteleiro, investigação que está a ser dirigida pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra.

A deputada alega que tem assistido a “cirurgicamente, serem urdidas estórias que misturam factos, com suposições e com conclusões que aparentemente verosímeis são, contudo, falsas”, como, disse, a investigação do Ministério Público, “a seu tempo, esclarecerá”.

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Segundo o jornal Público, a investigação em causa surgiu na sequência de uma notícia publicada pelos seus jornalistas em maio do ano passado, segundo a qual a deputada, que é mulher do presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, “conseguira em 2010 um subsídio de 171 mil euros para a construção de um “Centro de Lazer e Turismo Gastronómico” que já estava aberto há dois anos”.

O jornal escreveu ainda que, “passados três anos, obteve mais 105 mil euros para uma unidade de turismo em espaço rural que também já estava a funcionar à data da aprovação da respetiva candidatura ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder)”.

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