Saúde

Depois dos de “leite” e dos definitivos, vai ser possível crescer o terceiro dente?

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 5 dias atrás em 17-12-2024

Imagem: Pexels

Embora estejamos habituados à ideia de que os dentes só crescem duas vezes, um novo medicamento poderá tornar possível o crescimento de um terceiro conjunto.

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Investigadores no Japão estão a desenvolver um medicamento para utilização dos dentistas em 2030.

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As anomalias dentárias à nascença são comuns, afetando 1% das pessoas em todo o mundo. A investigação, liderada pelo Instituto de Investigação Médica do Hospital Kitano, em Osaka, Japão, tem como objetivo disponibilizar “um medicamento terapêutico para os pacientes que não têm um conjunto completo de dentes adultos devido a fatores congénitos” – relacionados com influências genéticas ou de desenvolvimento que ocorreram antes do nascimento.

“As pessoas com anodontia [termo médico que designa a ausência total de dentes] não têm dentes naturais porque nunca os desenvolveram. A condição aparece frequentemente a par de outras condições genéticas, como a displasia ectodérmica [defeitos do cabelo, unhas, dentes, pele e glândulas]. Os tratamentos mais comuns incluem próteses e implantes dentários”, de acordo com a Cleveland Clinic citada pela EuroNews.

A doença – também conhecida como agenesia dentária – impede capacidades básicas como mastigar, engolir e falar desde tenra idade, o que pode ter um impacto negativo no desenvolvimento.

Katsu Takahashi, chefe do departamento de dentisteria e cirurgia oral do Medical Research Institute Kitano Hospital, tem estado a trabalhar no medicamento desde os tempos de estudante, no início dos anos 90.

“A ideia de fazer crescer novos dentes é o sonho de todos os dentistas”, disse ao ”The Mainichi”, acrescentando que estava confiante de que seria capaz de “torná-lo realidade.”

O projeto dentário inovador, apoiado pela Agência Japonesa para a Investigação e Desenvolvimento Médico (AMED), tem como objetivo “fornecer um medicamento terapêutico a pacientes com edentulismo congénito [pessoas total ou parcialmente desdentadas] através da cooperação de mais de 10 instituições médicas e institutos de investigação em todo o país”.

Estão atualmente em curso trabalhos para preparar o medicamento para uso humano. “Esperamos abrir caminho para a utilização clínica do medicamento”, salientou Takahashi.

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