Domingos Oliveira foi o primeiro português a ganhar o Euromilhões. Já lá vão 20 anos que o apostador de Guardizela (Guimarães) pagou 10 euros por um boletim.
Juntou-se com um amigo e fizeram uma aposta. Em menos de 24 horas estavam milionários: 43 milhões de euros.
Confessa que não foi logo levantar porque, como era operário fabril, fazia turnos e precisava de dormir.
Paulo Pereira, o colega pasteleiro, ligou-lhe a perguntar se já tinha verificado a chave. Nem imaginava o que estaria para vir.
Paulo disse-lhe os números. Eram os mesmos que tinha escolhido: 1, 4, 24, 34, 36 e as estrelas 6 e 8. “Uma pessoa apanha um choque, ninguém imagina. Se quando numa raspadinha sai 50 euros ficamos todos contentes, imagine”, afirmou na altura ao i.
Contudo, quando chegou ao quiosque voltou para trás. A comunicação social já lá estava e entrou em pânico. Queria o anonimato.
Pouco tempo depois, Domingos Oliveira despediu-se e partiu com a mulher e os dois filhos para o estrangeiro.
Mudou de casa, melhorou o carro, viajou por onde quis e ainda ajudou muita gente, entre os quais os sete irmãos e dois cunhados a quem deu 250 mil euros e um terreno – pensou em dar 500 mil mas não quis “estragar os irmãos”.
O Sr. Euromilhões, como ficou conhecido, garantiu manter os pés no chão e não ter cometido nenhuma extravagância.
O seu maior investimento foi num parque industrial com 25 pavilhões em Gandarel, que estava parado há uma década. São conhecidos como os pavilhões de Euromilhões, onde funcionam várias empresas de diferentes setores que dão emprego a mais de 1000 pessoas.
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