A proposta foi feita na reunião do executivo pelo vereador José Dias.
Ao intervir no período antes da Ordem do Dia, o autarca considera que “Coimbra pode, e deve, ter um posicionamento relevante” no acolhimento de investigadores norte-americanos que pretendam sair devido às políticas de Donald Trump.
“Encontra-se em discussão a possibilidade da criação de uma iniciativa europeia para conseguir captar estes investigadores e empreendedores, atendendo à diferença, substancial, entre as remunerações europeias e americanas nestes setores”, disse, tendo recordado a proposta feita pelo Conselho de Reitores ao futuro Governo para a criação de condições de acolhimento destes cidadãos.
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Na opinião de José Dias, o concelho de Coimbra deve estar na “pole position” para a integração e acolhimento de futuras famílias com esta proveniência, tendo instado o executivo de José Manuel Silva
“a articular, antecipadamente, quer com as instituições de ensino superior, quer com o Instituto Pedro Nunes, a possibilidade de construir pontes para Coimbra se posicionar como um dos Municípios capazes de captar cérebros que muito apoiarão no desenvolvimento do concelho, criando um programa de atração de investigadores e empreendedores para Coimbra”.
Neste âmbito, existem duas áreas de futuro e em que se deve investir: “inteligência artificial (IA) e sustentabilidade”.
No primeiro caso, José Dias lembrou “a tremenda evolução de várias cidades chinesas, com aplicação direta de várias medidas neste campo”. “Coimbra também tem, aqui, de se posicionar, com urgência, agregando instituições de ensino superior, empresas e serviços camarários, para que seja exequível tornar o concelho num exemplo de aplicação desta tecnologia. A criação de um hub de inteligência artificial em Coimbra é urgente para este desiderato”, frisou.
Em relação à sustentabilidade, “urge a realização de um evento anual, nacional e internacional, semelhante ao Coimbra Invest Summit – o Coimbra Sustainability Summit – focado neste campo”.
Tratar-se-ia de uma iniciativa “que agregue empresas, instituições, escolas, associações, que possibilite a criação de embaixadores para o clima, dinamização de projetos escolares, constituição de uma mostra de inovações, uma feira de emprego verde, valorização dos espaços naturais do concelho, atividades de reflorestação envolvendo a sociedade civil, formações e ações de sensibilização”.
“Programas de economia circular que beneficiem e possam beneficiar as famílias mais deficitárias” é outra das propostas que seriam fundamentais para o crescimento do “tecido empresarial e fixar a juventude, garantido o desenvolvimento coeso de Coimbra”.
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