Coimbra

D’Alva editam “Maus Êxitos” e atuam em Coimbra

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 12-10-2018

 Os D’Alva editam hoje “Maus Êxitos”, disco que marca a busca de uma identidade, mais “coeso e focado” do que o anterior, mas no qual mantêm a mesma diversidade musical, na salada de frutas que é a música pop.

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O disco de estreia dos D’Alva – Ben Monteiro e Alex D’Alva Teixeira –, “#batequebate”, foi editado em 2014. Depois, vieram os concertos e colaborações na escrita e produção de canções para outros artistas. Por isso, o segundo disco foi sendo adiado.

A dada altura, “com alguns amigos” fizeram uma residência artística, da qual saiu o nome do novo álbum.

“Não sabíamos que seria o nome do disco, mas saiu uma espécie de direção. Foi um tempo intenso, acima de tudo de procurar outras formas de comunicar e de dizer coisas, que não necessariamente verbais”, referiu Ben Monteiro em entrevista à Lusa.

A expressão acabou por ser “uma espécie de ponto de partida para começar a escrever”, embora Ben Monteiro e Alex D’Alva Teixeira não tenham “escrito nada deliberadamente sobre o título em particular”.

“Mas, no final do dia, acho que as canções resultam nesta coisa que são os maus êxitos, na medida em que maus êxitos são falhas. E [nas letras] exploramos alguns problemas e algumas questões na forma como as pessoas se relacionam”, disse Alex.

Uma das questões que os assolou na residência artística, e que “é comum a quem faz música”, foi como lidar com as expectativas em relação a uma banda que teve “um primeiro disco que correu bem”

“A certa altura lembramo-nos de uma coisa que é elementar: a humanidade avança com os erros, é o inesperado que faz as coisas andarem para a frente. Se é uma coisa que nos faz andar para a frente, porque é que temos de ter medo disto? Em vez de fugir, é mergulhar de cabeça e ver o que sai”, partilhou Ben.

Depois disso, “o trabalho aconteceu muito rapidamente” e saiu um disco “muito mais focado” do que o anterior.

“Apesar de ser muito diverso musicalmente, como costuma ser, e muito colorido, mas é muito mais coeso e focado”, considerou o músico.

“Maus Êxitos”, segundo Alex, marca também, para os dois, embora “em medidas diferentes”, uma altura em que estavam “à procura de uma identidade”.

“Parte da demora para este disco acontecer também foi percebermos o que é que nós queríamos dizer e o que é que tínhamos em comum para dizer”, afirmou.

Ambos sentem “uma maturação” neste trabalho e admitem que isso seja “um lugar comum, um cliché, mas é a verdade”.

Ainda assim, “é um disco de perguntas”. “Mais do que fazer afirmações fazemos muitas perguntas e são as perguntas que nós próprios estávamos a fazer, um ao outro no fundo”, lembrou Ben.

Foi durante a residência artística que ficou clara a sincronia do que queriam “dizer e fazer”, e isso foi, segundo Ben, “mesmo importante”.

“Maus Êxitos”, tal como “#batequebate”, é um disco pop, termo que usam, disse Alex, “porque permite juntar todos os estilos musicais” que exploram juntos, “seja mais urbano, mais abrasivo ou mais experimental”.

“Tudo isso cabe no universo da pop e é por isso que abraçamos esse selo”, partilhou.

Já Ben prefere dizer que a música que fazem é uma “salada de frutas”.

“Numa salada de frutas tens sabores mais doces, mais ácidos, mais neutros, menos neutros, e depois aquilo tudo faz um sumo e eu acho que nós somos mesmo a junção de tudo isso”, defendeu.

Em cada canção que criam, “sem querer”, juntam “pelo menos dois estilos distintos, ainda que sejam subvariações do mesmo género”.

“E é difícil, mas percebemos neste disco que estamos a fazê-lo ainda melhor. E, apesar de tudo, apesar dessas diferenças, acho que está um bocadinho mais coeso como um todo do que o anterior”, disse Ben.

Esta ‘salada de frutas’ poderá ser provada em 23 de novembro no Salão Brazil, em Coimbra. As datas de outros concertos vão sendo divulgadas nas contas dos D’Alva nas redes sociais.

Em palco estão sempre seis pessoas. Os outros quatro “são uma extensão” daquilo que Ben Monteiro e Alex D’Alva Teixeira fazem em disco. São os dois que dão a cara, mas para eles, D’Alva “é um coletivo criativo que se desdobra em várias maneiras”.

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