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Cultura de Góis, Oliveira do Hospital e Penacova vive nos rios e espera sete mil visitantes (com videos)
Os moinhos e as rodas de água, o transporte fluvial da farinha, as broas e os fornos comunitários e o azeite serão algumas das tradições que durante doze meses os municípios de Góis, Oliveira do Hospital e Penacova vão promover a par com a dinamização da atividade turística, em particular na aposta no turismo com pernoita, que pretende alcançar cerca de sete mil visitantes.
“Viver os Rios” é nome do ciclo cultural composto por ações culturais itinerantes entre os territórios do Ceira, Alva e Mondego, que são “pontos de excelência para, através dos agentes culturais locais proporcionar uma oferta diversificada de atividades turísticas e culturais, como visitas guiadas a locais de elevado interesse cultural, criação de circuitos e passeios interpretativos, complementados com a divulgação de unidades hoteleiras e restauração deste território.”
“Viver os Rios” é um projeto incluído na Programação Cultural em Rede, do Programa Operacional Regional do Centro, (Centro 2020) que visa afirmar a sustentabilidade dos territórios, cruzando a preservação e proteção do ambiente com o investimento na conservação, proteção, promoção e o desenvolvimento do património natural e cultural, com um investimento total de 243.721,95€ (sem IVA) e de 299.778,00€ (com IVA), com uma distribuição de 99.926,00€ de investimento por cada um dos três municípios sendo financiado a cem porcento pelo programa operacional da CCDRC.
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O programa inclui ainda ações de literacia “no seu conceito tradicional mas também na literacia digital” e é liderado pelo município de Góis em parceria com os de Oliveira do Hospital e de Penacova para promover “espaços únicos, com elevado valor patrimonial e cultural, de forma integrada e inclusiva”. Nestes espaços e memórias incluem-se os monumentos, praças, praias fluviais e todo o território ligado às zonas fluviais que marcaram a vivência de gerações, tal como sublinhou a presidente da Câmara de Góis, que lembrou a importância da intermunicipalidade do projeto em particular por se tratar de três concelhos que não fazem fronteira entre si, mas que partilham as estórias da proximidade dos rios nas suas tradições e no presente.
“A maioria das criações são inéditas e envolvem comunidades locais e agentes culturais locais”, o que torna a programação “exigente em termos de investimento em meios técnicos sendo a componente criação de conteúdos, produção e conceção artística e produção geral (chave na mão) absorve cerca de 98% do investimento total elegível da operação pois engloba as despesas relativas à conceção, criação, produção e implementação das atividades artísticas propriamente ditas, simultaneamente bem como as visitas guiadas e as oficinas/ workshops temáticos, conteúdos digitais, acessíveis e inclusivos. A empresa que desenvolve o projeto é a Domingo no Mundo, de Coimbra.
“A despesa em “comunicação” corresponde assim a 2% do total do investimento elegível, refletindo a importância da comunicação para atrair o público-alvo para as atividades, e por conseguinte, atingir e eventualmente superar os indicadores do resultado da operação” que consiste em “atingir 6890 participantes e espetadores”.
O programa desenrola-se durante 12 meses, em ações de dois dias consecutivos, preferencialmente ao fim-de-semana, para complementar com outras atividades de índole cultural, natural ou desportiva no território, o que irá encorajar a pernoita local”, foi sublinhado na apresentação por Fátima Gonçalves, técnica do município.
O Programa Operacional Portugal 2020 abriu concursos, para apoiar Agentes Culturais, assim como municípios, entidades intermunicipais e organismos da Administração Pública, que estabeleçam parcerias para a implementação de uma Programação Cultural em Rede nas diversas Regiões.
Veja ou reveja a cerimónia de apresentação no direto Notícias de Coimbra.
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