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Cuba vai sofrer hoje o maior apagão elétrico do ano
Cuba vai sofrer hoje o maior apagão elétrico do ano, com extensos cortes de energia simultâneos em quase 53% do país, devido a uma nova avaria na central de Antonio Guiteras.
A complexa situação energética que aquele país das Caraíbas sofre há anos agravou-se nos últimos meses devido a avarias nas centrais termoelétricas e à falta de combustível.
A empresa elétrica UNE disse hoje que “a central termoelétrica de Guiteras saiu de serviço inesperadamente” e que “esta situação crítica” aumenta o défice energético na hora de ponta noturna, quando há maior procura de eletricidade.
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Segundo a empresa, atualmente, as três centrais com maior capacidade de geração estão fora de serviço devido a manutenções programadas ou avarias.
Nos últimos dias, algumas zonas da ilha tiveram energia elétrica durante quatro horas por dia, enquanto noutras os apagões duraram dez horas ou mais.
A crise energética cubana deve-se sobretudo às repetidas avarias em centrais termoelétricas obsoletas, em funcionamento há décadas e com uma carência crónica de investimentos, e à falta de combustível devido à falta de divisas do Estado cubano para o importar.
Segundo várias estimativas independentes, o Governo cubano necessitaria de 8.000 a 10.000 milhões de dólares para reativar o sistema elétrico nacional, um investimento fora do seu alcance, além de que qualquer solução só seria possível a longo prazo.
Cuba vive uma profunda crise económica com escassez de produtos básicos (alimentos, medicamentos, combustíveis), cortes prolongados de energia e inflação. Hoje, 80% do que é consumido é importado.
Em resultado, o país tem registado grandes fluxos de emigração. Em 2023, estima-se que pelo menos 300 mil cubanos saíram do país.
O Governo cubano espera que o produto interno bruto (PIB) cresça 1% em 2025, após dois anos consecutivos de contração.
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