Crimes
Crianças são retiradas à mãe e tribunal entrega meninas a pai agressor condenado por violência doméstica
Foram 6 anos a viver um pesadelo que parecia não ter fim à vista. Em 2015, uma mãe ficou sem as filhas menores, de 2 e 3 anos. A Segurança Social, baseada em informações incorretas, retirou as meninas à mãe e foram entregues ao pai condenado por violência doméstica.
O homem foi condenado, em Cascais, “um ano depois por violência doméstica” contra a companheira. “Mesmo com esta sentença, as crianças continuaram com o agressor, que a partir de 2017 começou a bater também nas filhas”, revela o Correio da Manhã.
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Os maus-tratos só terminaram em 2021, quando as crianças voltaram para casa da mãe. Tanto o pai como a avó das meninas foram acusados pelo Ministério Público: um por violência doméstica e outro por ofensas à integridade física, adianta a notícia.
O jornal explica que, segundo a acusação a que teve acesso, enquanto o homem estava com a guarda das meninas, este recorria a “castigos físicos”, “pancadas” sempre que as menores “tomavam algum comportamento que lhe desagradava”, o mesmo acontecia com a avó que “desferia palmadas nas netas.”
O advogado da vítima afirma ao CM que “é lamentável que algumas técnicas da Segurança Social, que têm obrigação de zelar pelo bem-estar das crianças, contribuam em muitos casos para as lançar nas mãos de agressores”.
O Correio da Manhã revela que as duas técnicas da Segurança Social, em questão, “mentiram nos relatórios enviados ao Tribunal de Cascais, que foram determinantes para a retirada das crianças. Ambas estão a ser julgadas por falsidade de depoimento e denegação de justiça.”
A mãe não consegue perdoar as técnicas que lhe retiraram as filhas. Está a pedir “600 mil euros, que podem vir a ser pagos pela Segurança Social. As duas funcionárias continuam no ativo. Conhecem a decisão em abril”, conclui a notícia.
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