Coimbra
CP faz transbordo em autocarro dos passageiros retidos na Linha da Beira Alta
A CP vai fazer o transbordo, através de meios rodoviários, dos passageiros retidos hoje em quatro comboios na Linha da Beira Alta, entre Pampilhosa e Nelas, onde o mau tempo provocou problemas na catenária, inviabilizando a circulação.
Os passageiros dos dois comboios intercidades entre Lisboa e Guarda, retidos hoje, durante várias horas, no troço da via entre Pampilhosa e Nelas, vão ser transportados até estas estações, a partir das quais poderão seguir as respetivas viagens de comboio, disse à agência Lusa, fonte da CP (Comboios de Portugal).
O mesmo sucederá em relação aos passageiros dos dois comboios regionais entre Guarda e Pampilhosa e Pampilhosa e Coimbra, também impedidos de circular, pelos mesmos motivos, naquele lanço da ferrovia, adiantou Ana Portela, da CP.
O comboio Intercidades que saiu às 07:10 de hoje da Guarda com destino a Lisboa estava, pelas 16:30, com um atraso de cerca de seis horas, situação idêntica à registada com o comboio que deveria garantir a ligação no sentido contrário, que, por aquela hora, já tinha um atraso da ordem das cinco horas.
“O comboio já está a ser rebocado para Pampilhosa”, disse à Lusa, às 16:00, Paulo Flores, um dos passageiros que saiu, com a mulher e dois filhos, de Lisboa (Santa Apolónia) às 08:00 e viajava no sentido da Guarda, com destino a Celorico da Beira.
“Não temos água, não temos comida, as casas de banho não funcionam e não temos qualquer informação”, queixava-se Paulo Flores, adiantando desconhecer qual seria o plano da CP para fazer chegar os passageiros aos seus destinos.
Susana Abrantes, do gabinete de informação da Rede Ferroviária Nacional (REFER), explicou, ao princípio da tarde, que o vento forte estava a projetar cascas de eucalipto que se enrolam nos fios da catenária, na Linha da Beira Alta, provocando disparos contínuos na rede de abastecimento elétrico ao comboio.
“Temos equipas no terreno a fazer vistoria e a retirar o material lenhoso, mas existe muito vento e muitas árvores, pelo que a situação é complicada”, disse esta assessora.
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