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Covid-19: “Transmissão tem sido forte na comunidade” mas “não justifica um cerco sanitário” a Miranda do Corvo

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 01-12-2020

A “transmissão tem sido forte na comunidade” mas “não justifica um cerco sanitário ao concelho de Miranda do Corvo” disse hoje o presidente da Câmara Municipal em entrevista ao Notícias de Coimbra. Miguel Baptista sublinha que “caso o Governo atualize as medidas, seria justo fazê-lo com dados atualizados e não os do dia 25 de novembro”.

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Recordamos que Miranda do Corvo é o único concelho na Região de Coimbra em risco Extremamente Elevado de infeção por covid-19. É o  nível mais alto da tabela, com 1291 casos por 100.000 habitantes, segundo relatório epidemiológico sobre a covid-19 em Portugal, divulgado na segunda-feita pela Direção-Geral da Saúde.  

Miguel Baptista considera que não é justificável um cerco sanitário ao concelho porque a “população tem cumprido as normas da DGS e as medidas decretadas pelo Governo, pelo que se espera para breve uma evolução positiva”.

O autarca revela os dados atualizados hoje, relativos a 30 de novembro, que incluem 110 casos ativos (204 casos acumulados), 4 óbitos, 90 recuperados. “Os dados de dia 30 novembro indicam já um índice de risco Muito Elevado e não de Extremamente Elevado, da ordem dos 866 e inferior a 960” sublinha o presidente da Câmara que recorda que “as medidas mais restritivas já foram implementadas este fim de semana”. Amanhã, quarta-feira, realiza-se o mercado semanal “cumprindo as regras de segurança e previstas no plano de contingência” e que já estavam em vigor.

“Há cerca de duas semanas existiu surto numa unidade de cuidados continuados de uma IPSS e que foi devidamente acompanhado pela Instituição e pela Autoridade de Saúde” recorda Miguel Baptista, referindo-se à ADFP, e acrescenta que o “Plano Municipal de Emergência irá manter-se em vigor enquanto a situação de risco se mantiver em níveis elevados”.

Instado sobre a inconsistência na informação sobre os números de casos, que denunciou publicamente a 12 de novembro, o autarca reitera que, relativamente aos números da pandemia, “a inconsistência tem sido entre a DGS e a ARS”. “Os dados – afirma –  atualmente são reportados pela ARS à proteção civil duas vezes por semana”.

O presidente da Câmara de Miranda do Corvo disse que continua a “aguardar que ARS resolva a questão da colocação de novo delegado de saúde, prontamente reivindicada pelo Município logo no dia 2 de Novembro”. Revela que com a aposentação do antigo delegado de saúde, a função tem sido assegurada pelo Delegado de Saúde do ACES PIN e pela Delegada de Saúde Adjunta.

Miguel Baptista quis deixar, através da entrevista ao NDC, uma “palavra de agradecimento pela força e resiliência demonstradas” no município, bem como uma mensagem às pessoas “directamente atingidas pela doença e de profunda solidariedade aos comerciantes e à restauração. Disse ainda confiar que Miranda do Corvo vai “continuar a cumprir as regras com rigor e responsabilidade.

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