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Covid-19: Projeto na Lousã desafia a música portuguesa a gravar-se a ela própria

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 18-03-2020

A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (MPGDP) está a desafiar músicos de todo o país a gravarem as suas próprias canções, enquanto estão em isolamento face ao surto de Covid-19, afirmou hoje o fundador do projeto.

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A iniciativa, intitulada “A Música Portuguesa a Gravar-se a Ela Própria”, procura contornar o isolamento social exigido face ao surto, desafiando os portugueses a gravarem-se a eles próprios a tocar uma canção em casa, disse à agência Lusa o fundador do MPGDP, Tiago Pereira.

A ideia surgiu de “um desafio-brincadeira” da artista Diana Conde, e Tiago Pereira decidiu levar avante a iniciativa, contou.

“Se agora o meio que temos de comunicar com os outros é apenas a Internet, então todos temos que estar presentes. Percebo a importância do festival ‘Eu Fico em Casa’ e respeito-o, mas depois é preciso dar a contrarresposta – mostrar o resto, que todos temos a música em nós”, vincou.

Os vídeos podem ser enviados para amusicaportuguesa@gmail.com. “A ideia é que as pessoas toquem música, preferencialmente originais, e que não façam para mostrar os seus talentos – que estejam a cantar para si próprias”.

“É uma espécie de confessionário da música portuguesa”, aclarou, pedindo às pessoas para enviarem os vídeos, gravados na horizontal (‘ao baixo’), e que tentem fazê-lo “com a maior perícia possível”.

O convite passa também por desafiar os pais a gravarem os filhos ou os netos os avós, caso estejam na mesma casa.

O desafio começou a ser lançado na terça-feira, tendo a MPGDP recebido logo “15 ou 20 vídeos”, de norte a sul.

Na sua página na plataforma Vimeo (https://vimeo.com/mpagdp), já é possível encontrar alguns vídeos publicados nas últimas horas, desde um pai a gravar a filha a cantar a “Acordai”, de Fernando Lopes Graça, ao “Bailinho do Covid-19”, do músico madeirense Guilherme Orfão.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 já infetou mais de 189 mil pessoas, das quais morreram mais de 7.800.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou terça-feira o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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