Coimbra

Covid-19: PM espanhol apela à unidade política para combater pandemia

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 18-03-2020

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, fez hoje no parlamento um apelo à “unidade política” e pediu a todos os representantes dos partidos espanhóis que contribuíssem para combater o covid-19 com “o máximo de visão” e “sentido de Estado”.

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O chefe do Governo, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), compareceu perante a sessão plenária do Congresso dos Deputados (câmara baixa do parlamento) num hemiciclo quase vazio, com apenas cerca de trinta deputados nas bancadas, uma vez que a maioria não compareceu para evitar o contágio da pandemia.

A sessão sem a presença de jornalistas ou público nas galerias foi convocada para Sánchez explicar à câmara, como está previsto na Constituição espanhola, as razões que levaram o Governo a decretar o ‘estado de emergência’ para enfrentar o novo coronavírus.

Pedro Sánchez sublinhou que a pandemia não distingue entre cores ou ideologias e é um “inimigo de todos” e, portanto, deve ser combatida “através da unidade e da responsabilidade coletiva”.

O chefe do Governo salientou que com esta crise as preferências e prioridades “mudaram” e como líderes políticos todos estão sujeitos “ao mais alto grau de exigência dos cidadãos”.

“Assim como pedimos disciplina a todos os cidadãos, devemos esforçar-nos por estar à altura dos nossos cidadãos, dando todo o nosso esforço e tempo” e contribuindo com esse sentido de Estado, disse o chefe do executivo.

O líder do maior partido da oposição, Pablo Casado do Partido Popular (PP, direita), garantiu em seguida que Pedro Sánchez não estava “sozinho” para enfrentar a pandemia do coronavírus e que podia contar com o apoio da sua formação.

Casado assegurou o apoio a Sánchez mesmo, segundo ele, se tiver dificuldade em aprovar medidas difíceis que poderão não ser aceites pela coligação de extrema-esquerda Unidas Podemos, os parceiros do PSOE no executivo espanhol.

O primeiro-ministro espanhol também advertiu que a parte mais difícil da crise “ainda está por vir”, quando o sistema de saúde “receber o impacto de um maior número de pessoas infetadas”.

“Até que a vacina chegue, nós somos a vacina”, disse Sánchez, que apelou à unidade dos cidadãos, pediu “sacrifício e unidade” e insistiu que cada pessoa que fica em casa “ajuda a salvar vidas e ajuda a curva [da pandemia] a descer”.

“Cada um de nós é a barreira que pode parar este incêndio e pôr-lhe fim o mais depressa possível”, disse ele.

O chefe do Governo também garantiu que o abastecimento alimentar está garantido, assim como o da eletricidade, gás e combustíveis derivados do petróleo.

Sánchez transmitiu uma mensagem de “absoluta tranquilidade” para enfatizar a garantia de abastecimento alimentar “em todos os supermercados e lojas” abertos para esse fim.

O fornecimento de energia e “infraestruturas críticas” também estão garantidos para assegurar a “proteção dos serviços essenciais”.

O primeiro-ministro começou por explicar as medidas tomadas no quadro do atual “estado de emergência’ que anunciou na terça-feira onde são mobilizados 200 mil milhões de euros, quase 20% do PIB, para combater os efeitos económicos e sociais no país da pandemia de Covid-19 causada pelo novo coronavírus.

Sánchez sublinhou que o pacote de medidas de luta contra o novo coronavírus aprovadas em Conselho de Ministros que daquele montante total, “a maior mobilização de recursos económicos da história recente de Espanha”, 117 mil milhões serão “inteiramente públicos” e os restantes privados.

A Espanha é um dos países mais atingidos com a pandemia Covid-19, tendo registado até terça-feira 11.178 casos positivos desde o início do surto, dos quais 491 pessoas morreram e 1.098 foram curadas.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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