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Covid-19: Número de hospitalizados em Inglaterra bate recorde de mais de 20.400
O número de infetados com covid-19 hospitalizados em Inglaterra ultrapassou o registado no pico da primeira vaga da pandemia, em abril, atingindo hoje as 20.426 pessoas, anunciaram as autoridades.
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O recorde de hospitalizados com covid-19 tinha sido registado em 12 de abril, quando 18.974 pessoas se encontravam nos serviços de saúde devido ao novo coronavírus.
“Os profissionais de saúde voltaram a estar ‘no centro da tempestade’, como na primavera”, afirmou o diretor do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, Simon Stevens, num vídeo hoje divulgado no Twitter,
O responsável admitiu, no entanto, que as vacinas fornecem esperança e estimando que todas as pessoas vulneráveis no país poderão ser inoculadas contra o coronavírus até ao final da primavera de 2021.
Segundo as autoridades britânicas, a razão para este novo recorde de doentes é a nova estirpe do coronavírus, identificada inicialmente no sudeste da Inglaterra, mas que se tem espalhado pelo país, apesar de quase metade da população estar sob fortes restrições de movimento.
O número de pessoas infetadas contabilizadas num único dia no Reino Unido atingiu 41.385, ultrapassando, pela primeira vez, a fasquia dos 40.000, de acordo com dados oficiais.
No total, mais de 2,3 milhões de pessoas no Reino Unido foram confirmadamente infetadas por covid-19, das quais mais de 71.000 morreram.
“Muitos de nós perdemos família, amigos, colegas e – numa época do ano em que normalmente estaríamos em festa – muitas pessoas sentem-se naturalmente ansiosas, frustradas e cansadas”, adiantou Simon Stevens.
Os serviços hospitalares estão “muito ocupados”, reconheceu hoje, o diretor de um hospital em Croydon, no sul de Londres, Matthew Kershaw, referindo, em entrevista à BBC, que o “momento é difícil”.
Para ultrapassar a nova crise, o Governo britânico conta com as vacinas contra a covid-19, sendo que a Autoridade Reguladora de Medicamentos (MHRA) deve manifestar-se, nos próximos dias, sobre a vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, após ter autorizado a da Pfizer/BioNTech, que já foi aplicada em mais de 600.000 pessoas desde 8 de dezembro.
Os esforços de vacinação terão, no entanto, de ser duplicados, para dois milhões de injeções por semana, para evitar uma terceira vaga do vírus, de acordo com estimativas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres divulgadas hoje pelo jornal diário The Telegraph.
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