Coimbra

Covid-19: Europa é agora o epicentro da pandemia

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 13-03-2020

O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse hoje que a Europa, e não a China, é neste momento o epicentro da pandemia de coronavírus.

A OMS reconhece que não é possível prever quando acontecerá o pico da pandemia e diz que a Europa ainda está em fase de agravamento do surto de Covid-19.

Maria van Kerkhove, chefe da unidade de doenças emergentes da OMS, diz que é difícil fazer previsões sobre a evolução da pandemia e acrescenta que “devemos estar preparados para qualquer estágio” da doença.

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“Neste momento, estão a ser registados na Europa mais casos todos os dias do que os reportados na China, no auge da sua epidemia”, disse Ghebreyesus, em declarações aos jornalistas, em Genebra.

O diretor da OMS explica que a situação que hoje se verifica na Europa poderá ser replicada em outras regiões da Europa, pelo que os países se devem concentrar em medidas assertivas: diagnosticar casos, acompanhar familiares ou impor medidas de distanciamento social.

Contudo, Ghebreyesus diz que as medidas devem ser tomadas “todas de uma vez”, incluindo o isolamento de pessoas contaminadas.

O responsável da OMS deu os exemplos da Coreia do Sul, Singapura e da própria China, onde, além das medidas tomadas, houve uma “importante mobilização social, que salvou muitas vidas”.

“Cada unidade de saúde deve estar preparada para receber e cuidar de muitos pacientes, garantindo a proteção dos seus trabalhadores”, afirmou Ghebreyesus, acrescentando que é preciso “estar muito atento a tudo o que possa aparecer de repente”.

O diretor da OMS apresentou ainda um novo fundo de solidariedade que espera atrair doações do setor privado, entidades filantrópicas e outras organizações e pessoas, para adicionar aos fundos da organização, fruto de doações dos estados membros.

O diretor da OMS disse que, em todo o mundo, mais de 5.000 pessoas perderam já a vida, “um número trágico”, como resultado do surto do novo coronavírus.

Mais de 135 mil pessoas foram infetadas em todo o mundo, a maioria na China, onde mais de 3.000 pessoas morreram e mais de 62.000 já recuperaram.

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