Saúde
Covid-19: Doentes com mais do que um teste positivo explicam diferenças nos números
A diferença entre total de casos de infeção pelo novo coronavírus e total de testes positivos no boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) explica-se pelo facto de um mesmo doente ter realizado vários testes que deram resultado positivo.
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A explicação foi hoje dada pela ministra da Saúde, Marta Temido, na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.
“Um caso confirmado poderá corresponder a mais do que um teste positivo. Por exemplo, o critério de cura é aferido pela realização de dois testes e se uma pessoa for testada várias vezes porque já não tem sintomas, mas demorar até ter o seu teste confirmado, estes testes contam”, disse a ministra.
Marta Temido referiu ainda que são feitos testes de confirmação de resultados, e que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) no início da epidemia fazia testes para descartar divergências nos métodos de trabalho dos vários laboratórios.
“Ainda hoje, em caso de dúvida, há repetição de testes. Não devemos, por isso, estranhar que haja um número de testes com resultado positivo superior ao número de casos confirmados. Insisto, o número de casos confirmados corresponde ao número de doentes com teste positivo para Sars-Cov-2, mas um doente pode ter realizado vários testes com resultado positivo”, disse.
A ministra aproveitou ainda para fazer um ponto de situação relativamente aos testes já realizados, adiantando que desde o dia 01 de março foram feitos 161.475 testes de diagnóstico para covid-19 e 17.893 tiveram resultado positivo.
A média diária de testes ronda os cerca de 9.000 e o dia 08 de abril foi aquele com o maior número de testes realizados: 10.715 testes.
Até ao momento, 53% dos testes foram realizados em laboratórios públicos.
Quanto a testes realizados em laboratórios públicos, excluindo dos dados não só os dos laboratórios privados, mas também os do INSA, o total distribui-se em 53% no norte, 14% na região centro, 27% em Lisboa e Vale do Tejo, 1% no Alentejo, 1% no Algarve, 1% na Madeira e 2% nos Açores.
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