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Covid-19: Criado site para profissionais de saúde registarem material em falta
Os profissionais de saúde têm a partir de hoje a possibilidade de registar material de proteção individual contra o novo coronavírus em falta, através de um portal lançado pelo médico e deputado do PSD Ricardo Baptista Leite.
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A plataforma foi lançada à meia-noite de segunda-feira, mas está integrada na iniciativa “Portugal, um passo à frente do Coronavírus”, um movimento informal da sociedade civil liderado por Ricardo Baptista Leite.
O objetivo é “ajudar o Governo e o país a atrasar o mais possível o número de novos casos e garantir que não esgotamos a capacidade do Serviço Nacional de Saúde”, disse à Lusa o deputado social-democrata.
“Esta iniciativa pretende responder a necessidades efetivas. Sabemos que 8% dos infetados são profissionais de saúde, recebemos queixas de colegas que reportam faltas de material de proteção individual. Temos que garantir que os profissionais estão protegidos para poderem continuar a ajudar os doentes e a salvar vidas”, afirmou.
Com esta nova plataforma, aberta aos profissionais na linha da frente do combate à pandemia de Covid-19, incluindo bombeiros, o Governo passa a ter a sistematização do que está em falta, para melhor poder responder às necessidades, explicou Ricardo Baptista Leite, mostrando-se disponível para entregar o portal ao Governo para o gerir, caso este assim o entenda.
Este registo do material em falta dirige-se essencialmente ao Governo, que é quem tem as compras em grande quantidade e capacidade para responder às necessidades, repondo material, mas também a quem queira fazer donativos, sejam particulares ou empresas.
O controlo é feito de forma simples, diz o deputado, explicando que começa com um registo do profissional de saúde, que é depois confirmado por uma equipa de voluntários.
A partir desse momento, o profissional de saúde está apto para colocar online a relação do material em falta. Se houver um sinal dos serviços ou da tutela de que a informação é incorreta, é retirada.
Todos os que reportam falta de material são contactados a cada 24 horas para saber se o problema está resolvido, e assim que esteja, o registo é retirado do portal, explicou, sublinhando que o objetivo é manter o site sempre atualizado.
O novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos e vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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