Economia

Covid-19: Apenas 8% das empresas portuguesas não viram a sua atividade afetada

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 02-04-2020

Apenas 8% das empresas portuguesas não viram ainda a sua atividade afetada pela pandemia pela covid-19, enquanto a maioria (40,1%) aponta que as operações vão continuar com um nível reduzido, segundo um estudo da IDC hoje divulgado.

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A consultora IDC realizou um inquérito entre 27 e 31 de março sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus no negócio e na organização, tendo obtido resposta de 531 empresas, de vários setores de atividade, entre tecnologias de informação, administração pública ou serviços profissionais, entre outros.

“Apenas 8% das organizações nacionais não viram (ainda) a atividade afetada pela pandemia”, refere o estudo, acrescentando que a maioria refere que “as suas operações vão continuar, “mas com um nível mais reduzido”.

Quase um quinto (19%) das empresas “viram as suas atividades seriamente restringidas”, refere.

No que respeita à distribuição e retalho, “um terço das organizações [consideram] que vão ser seriamente afetadas”, enquanto no setor financeiro a maioria refere estar “sem alterações de funcionamento”.

Na indústria e construção, “um terço das organizações vai ser seriamente atingida” e na administração pública, a maioria “vai continuar com um nível reduzido”, de acordo com o estudo da IDC.

Nas telecomunicações e media, mais de um terço (40%) aponta que “vai continuar a funcionar normalmente”, sendo que nos serviços “mais de um quarto” das empresas inquiridas apontam nesse sentido.

Sobre o impacto da pandemia covid-19 nas diferentes áreas da sua organização, as empresas manifestaram-se preocupadas com os efeitos em termos financeiros.

Além disso, “a maioria das organizações estão ainda preocupadas com o impacto nos clientes, nas operações e nos colaboradores”.

Relativamente ao grau de preparação da empresa face à pandemia, “nem todas as organizações nacionais acreditam que estão preparadas para manter as operações críticas do negócio”.

No entanto, “a manutenção do negócio e o relacionamento com os clientes, a proteção dos colaboradores e a estabilização da cadeia de abastecimento são os pontos mais fracos”.

Questionadas sobre quais as suas principais preocupações relativamente à evolução da crise do novo coronavírus, “90% das organizações apontaram o potencial da recessão global como a sua principal preocupação”, seguida do impacto financeiro na organização (mais de 70%) e diminuição da confiança dos consumidores e redução do consumo.

Quanto ao fim do surto, mais de metade (53,5%) aponta o fim do segundo trimestre e cerca de um terço (33,5%) o segundo semestre.

Sobre quando acham que o negócio da empresa vai voltar à normalidade, 47,5% afirma no segundo semestre deste ano e 27,9% no final do segundo trimestre.

A maioria das empresas já reviram ou vão rever as suas prioridades do negócio, sendo que mais de dois terços ativaram o seu palno de contingência, “mas 25% ainda não possuem” um plano.

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