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Covid-19: Alemanha recua e admite que máscaras de proteção podem ajudar
Anteriormente, o RKI tinha definido que apenas doentes com infeções respiratórias deviam usar este tipo de proteção no nariz e boca, mas numa mensagem colocada quinta-feira no seu site oficial, os especialistas deste instituto reconheceram que esta medida pode reduzir o risco de transmissão e a máscara deve ser usada por pessoas sem sintomas.
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“Algumas pessoas infetadas não ficam doentes (assintomáticos), mas ainda podem transmiti-la a outras. Nesses casos, o uso preventivo de máscaras pode ajudar a diminuir o risco de transmissão”, revelou esta quinta-feira a entidade oficial alemã.
“O uso de máscaras em locais públicos, onde a distância de segurança não pode ser assegurada, como supermercados, transportes públicos, ou mesmo no trabalho, pode ajudar a reduzir a disseminação do SARS-CoV-2”, lê-se na página oficial do RKI.
A cidade de Jena, no estado federado da Turíngia, foi a primeira na Alemanha a decretar o uso obrigatório de máscara em espaços públicos. A nova regra, ditada no início desta semana, entra em vigor já na próxima.
A autarquia pediu aos moradores que, caso não consigam adquirir uma máscara profissional, a façam em casa. Uma alternativa, como um cachecol, também é aceite, desde que proteja o nariz e a boca.
Outras cidades e regiões alemãs também estão a ponderar implementar uma medida semelhante, mas, por agora, ainda não foi tomada uma decisão a nível nacional.
Atualmente, a Organização Mundial de Saúde considera que as máscaras só devem ser usadas pelas pessoas que já estão infetadas com covid-19 ou que cuidam dos doentes.
A progressão da covid-19 levou entretanto as autoridades de saúde da região de Berlim a estimarem que algumas medidas de distanciamento social e restrição de contacto se prolonguem durante todo o ano, sendo objetivo evitar que o novo coronavírus se propague e provoque um colapso hospitalar.
“Temos de conseguir reduzir a velocidade dos contágios para não sobrecarregar o sistema de saúde e chegar a situações idênticas às vividas em Espanha e Itália”, admitiu o responsável pela pasta do Interior do governo regional de Berlim, Andreas Geisel, em declarações registadas pela rádio pública RBB.
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