Saúde

Costuma ir à praia? Eis o que fazer e como identificar uma picada de peixe-aranha

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 ano atrás em 29-08-2023

No verão, a preocupação surge, tanto para nadadores-salvadores como banhistas, devido ao peixe-aranha e o que ele pode fazer se nos picar.

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O peixe-aranha tem ainda a capacidade de se camuflar, uma vez que a sua cor permite que este se esconda na areia. O peixe enterra-se na areia do fundo do mar, perto do areal, ficando apenas com os olhos de fora. O espinho fura a pele, liberta a toxina venenosa e provoca dores fortes, inchaço e ainda hemorragia. Estes peixes são comuns na costa portuguesa, aparecem nas alturas quentes e podem mesmo provocar episódios muito desagradáveis.

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A farmacêutica Rita Teixeira do Vida Ativa conta como é todo o processo e deixa alguns truques do que deve fazer caso coloque um pé em cima de um. Para começar, tente não entrar em pânico. O banhista que é picado sente imediatamente uma dor, suave, que se confunde com uma “calcadela” mais forte de areia dura, uma concha partida ou alguma pedra mais afiada, refere.

No entanto, acaba por evoluir rapidamente para uma dor intensa, difícil de suportar, em cerca de 2 a 3 minutos, ficando o local inchado e vermelho. “A dor pode durar entre 2 horas a 24 horas, mas a maioria das pessoas não precisa de ir ao médico ou aos serviços de urgência para tratarem a picada. É preciso, no entanto, ter alguns pontos em atenção, uma vez que algumas pessoas acabem por desenvolve hipersensibilidade ao veneno tendo, além de dores, também hemorragias e edema na zona infetada”, continua a profissional.

Os sintomas podem ir de “náuseas e vómitos, tonturas e dores de cabeça, dor intensa e permanente mesmo após os tratamentos aconselhados, febre após 24 horas, 
hipersudorese, contratura muscular na zona da picada e espinho do peixe-aranha no local da ferida”, descreve.

O primeiro passo quando sente que sofreu uma picada é manter-se calmo e sair da água, tentando pousar ou mexer o menos possível. Peça auxílio ao nadador-salvador.

Já sentado na areia, deve tentar perceber se tem ou não um espinho lá dentro. “De seguida, vem o passo mais importante, que deve ser feito o mais rápido possível, nos primeiros 30 minutos. Deve colocar o pé em água quente, durante 20 a 30 minutos. Mas esta água deve ser mesmo quente, rondando os 40ºC, tendo o cuidado de utilizar uma temperatura que suporte mas que não o queime. Quanto maior a temperatura da água, mais rapidamente a toxina libertada pelo peixe se decompõem”, explica a farmacêutica.

Se não conseguir arranjar água a esta temperatura, aproxime um cigarro aceso, com a brasa, ou isqueiro, no local da picada e repita 3 a 4 vezes. Evite tocar na pele, para não queimar.

A última técnica é caminhar sob a areia quente, fazendo pressão na zona da picada. Apesar de doloroso, resulta. Quando em contacto com algo a temperaturas mais elevadas, a dor começa imediatamente a aliviar.

Uma solução encontrada para evitar estas picadas é utilizar sapatos próprios para andar na água e nas rochas, que têm solas de plástico, acabando assim por proteger o pé.

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