Coimbra
Convenção Nacional de Dadores de Sangue em Montemor-o-Velho
A Associação de Dadores de Sangue do Baixo Mondego (ADSBM) promoveu a 4ª Convenção Nacional de Dadores de Sangue no passado sábado, 4 de outubro, nos Patinhos Eventos, na Carapinheira.
Subordinada ao tema “O Dador, o Associativismo e o futuro da dádiva de sangue”, a convenção reuniu em Montemor-o-Velho mais de 20 associações de dadores de sangue de todo o país que discutiram os problemas e as soluções que marcam o futuro da dádiva de sangue, reivindicando a reposição dos direitos dos dadores de sangue.
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O presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, acompanhado pelo vereador Jorge Camarneiro, fez questão de se associar ao evento e dar as boas vindas aos mais de 60 participantes que marcaram presença na 4ª convenção nacional. Com palavras de incentivo, o edil montemorense reforçou a “admiração pelo trabalho e pela dedicação à causa da recolha de sangue” e elogiou o trabalho “das duas associações do concelho que se mantêm ativas e com grande dinamismo”.
Respondendo às críticas do presidente da ADSBM que acusou as entidades locais de “falta de abertura e de reconhecimento”, Emílio Torrão, apesar de admitir a “missão difícil” das associações, em especial de dadores de sangue, afirmou que “a Câmara Municipal não pode suportar todas as associações do concelho, tratando-as a todas por igual”. “A missão das associações tem de ser, em primeiro lugar, a sua autossustentabilidade”, referiu o autarca montemorense que concluiu com uma boa notícia para o associativismo concelhio: “até ao final de outubro contamos distribuir os apoios”.
Na mesma linha de pensamento esteve o representante do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), Luís Negrão, que reafirmou que “as associações têm de pensar em ser autossuficientes e não depender exclusivamente de subsídios”, conduzindo o tema da convenção para o futuro das associações.
Muito crítico, Artur Jorge, presidente da ADSBM, denunciou a existência de “unidades de recolha paradas a nível nacional, brigadas que são canceladas porque não há motoristas e não há verbas para suporte administrativo”. O dirigente associativo frisou ainda que as associações “têm pago do próprio bolso” as iniciativas de recolha de sangue que promovem, não possuindo verbas “para sobreviver”, exigindo “respeito” por parte do governo. “Não temos meios financeiros e querem que os dadores paguem para ser solidários, quando já contribuem com o sangue”, desabafou. E pondera demitir-se da direção da ADSBM caso não sinta “respeito por parte das entidades públicas”.
A encerrar um dia de trabalhos exaustivos, o vereador do pelouro da Saúde, Jorge Camarneiro, mostrou-se “disponível para conversar com as duas associações concelhias de dadores de sangue, verificar as carências e problemas existentes e, dentro dos constrangimentos financeiros que o Município de Montemor-o-Velho atravessa, equacionar algum tipo de colaboração ou apoio”, concluiu.
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