Política

Conselho Estratégico Nacional do PSD “dá pontapé de saída no auxílio à construção do programa” do partido

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 07-01-2023

O presidente do PSD afirmou que o Conselho Estratégico Nacional (CEN) do partido deu hoje o “pontapé de saída” para iniciar um processo de auxílio à construção de um programa eleitoral alternativo ao do atual Governo socialista.

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O CEN, órgão consultivo dinamizado pelo anterior líder, Rui Rio, reuniu-se hoje em Lisboa, pela primeira vez na direção de Luís Montenegro, e com nova estrutura e equipa de coordenadores, que é presidida por Pedro Duarte.

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Em conferência de imprensa, Luís Montenegro assinalou que este órgão “é constituído por pessoas de grande qualificação, a maior parte independente com proveniência na academia, nas empresas “e em atividades em que se têm destacado pela sua competência”.

“Exige-se uma alternativa política que no futuro possa dar um Governo que não conduza o país, como está a fazer o atual, a uma situação de empobrecimento e asfixia fiscal sobre famílias e empresas, ao mesmo tempo que o Estado não consegue dar resposta às necessidades mais básicas das pessoas, designadamente na saúde, educação, cultura ou desporto”, criticou o presidente do PSD.

Por isso, para Luís Montenegro, com o novo CEN, deu-se hoje “um pontapé de saída num grupo de reflexão política, de auxílio à construção de um programa político”.

“Em 2024, o PSD terá um programa eleitoral completamente formatado em termos de princípios. Isto para que, nos dois anos seguintes da legislatura, haja o tempo suficiente para o amadurecer, esclarecer e difundir junto das pessoas”, justificou o líder social-democrata.

“A realidade política tem por vezes circunstâncias inesperadas e o PSD, como grande partido, estará sempre pronto e preparado para conviver com essas circunstâncias inesperadas”, salientou, aqui numa alusão à possibilidade de a atual legislatura não chegar ao fim.

Pedro Duarte, antigo líder da JSD assumiu funções de presidente do CEN do PSD no último Congresso, em julho, e o partido fez entretanto alterações ao regulamento deste órgão consultivo, que foi simplificado e passou a ter apenas uma estrutura nacional, deixando de prever secções temáticas descentralizadas.

Agora, o novo CEN está dividido em 25 áreas temáticas, cada uma com um coordenador (13 mulheres e 12 homens), dos quais 15 são independentes, de acordo com informação divulgada pelo PSD.

Entre os coordenadores, contam-se alguns antigos deputados ou governantes, casos de Emídio Guerreiro (deputado em várias legislaturas e secretario de Estado do Desporto e Juventude do XIX e XX governo constitucional, Nuno Freitas (foi deputado e vereador na Câmara Municipal de Coimbra, cidade pela qual chegou a ser indicado como candidato nas últimas autárquicas pelas estruturas locais mas foi vetado pela direção de Rio), Nuno Encarnação (deputado em três legislaturas e filho ‘histórico’ autarca de Coimbra Carlos Encarnação) ou Miguel Castro Neto (que foi secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza de Passos Coelho).

Inês Domingos, antiga deputada e consultora da Casa Civil do Presidente da República Portuguesa desde 2021, Nuno Sampaio, que foi assessor para os assuntos políticos da Casa Civil de Cavaco Silva, Joana Pinto Balsemão, atual vereadora da Câmara Municipal de Cascais, ou Rui Rocha, ex-presidente da distrital de Leiria do PSD (chegou a integrar a direção de Rio mas demitiu-se por divergências políticas), são outros dos coordenadores escolhidos para o CEN.

Neste novo CEN, surgem também novas áreas temáticas, como a “Longevidade e bem-estar” ou a “Diversidade, inclusão e igualdade de género”, a par de outras que já existiam como saúde, educação, finanças ou defesa.

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