Empreendedorismo
Conimbricense Wit-Sotware recebeu prémio PME Inovação
O Presidente da República defendeu hoje que Portugal deve apostar num “novo modelo económico” baseado em pequenas e médias empresas (PME) inovadoras e pediu aos poderes públicos prioridade à inovação, estendendo esse apelo aos empresários e cientistas.
No 10.º encontro anual da Cotec Portugal – Associação Empresarial para a Inovação, na Culturgest, em Lisboa, Cavaco Silva considerou que Portugal não pode “baixar os braços” depois do “notável progresso registado na cultura e na prática da inovação” na última década e deve ambicionar passar da divisão de “inovadores moderados”.
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O chefe de Estado afirmou que “Portugal não pode abrandar nem ficar para trás no campeonato da inovação, que é o campeonato da competitividade e do crescimento económicos”, acrescentando: “Apelo, por isso, ao empenhamento ativo dos poderes públicos, dos empresários, dos gestores, e das mulheres e homens de ciência”.
O Presidente da República apontou “o contributo das PME inovadoras” como “incontornável para a consolidação de um novo modelo para a economia portuguesa”.
No seu entender, essas empresas representam “o mais forte potencial” de crescimento das exportações e de criação de emprego e poderão “vir a ser, num futuro próximo, a base do novo tecido produtivo português e de uma nova geração de empresários”.
Segundo Cavaco Silva, a necessidade de “mais empresas inovadoras” justifica, “mesmo num contexto de emergência, como aquele em que Portugal se encontra, exigir aos poderes públicos a mais alta prioridade nos esforços para desburocratizar a vida das empresas e reduzir, tanto quanto possível, os seus custos de contexto”.
Sem investimento em ciência e tecnologia, sustentou, “não será possível a melhoria sustentada da produtividade e o crescimento económico a médio prazo”.
Cavaco Silva associou também o investimento em inovação à consolidação orçamental: “Se quisermos conciliar os desafios do crescimento económico e da criação de emprego com as exigências do equilíbrio das contas públicas, teremos de assumir a ambição de ir mais além, de estabelecer metas mais avançadas para o país”.
“Todos – empresas, universidades, poderes públicos e sociedade civil em geral – teremos de continuar a colocar o conhecimento e a inovação no topo das prioridades individuais e coletivas. É esta uma via incontornável para o crescimento da economia, para a própria sustentabilidade das finanças públicas e para a melhoria dos nossos níveis de coesão social e de bem-estar”, reforçou.
Neste encontro anual da Cotec, a fabricante de chocolates Imperial e a tecnológica Wit-Software receberam o prémio PME Inovação.
O maior fabricante nacional de chocolates, a Imperial, integrada desde 1973 no Grupo RAR (Refinarias de Açúcar Reunidas), inaugurou recentemente uma nova unidade industrial de moldação e embalagem de tabletes e bombons, complementada por uma linha de fabrico de massas de chocolate, com tecnologia de última geração.
A Wit-Sotware, criada em 2001, como ‘spin-off’ do IPN – Instituto Pedro Nunes e da Universidade de Coimbra, fornece produtos aos maiores grupos de operadores móveis da Europa.
Entre outros, foi ainda distinguida a utilização do fio elétrico no setor automóvel, com o prémio Produto Inovação.
O Presidente da República elogiou esta associação empresarial pelo seu trabalho “no apoio às PME inovadoras, desde a sua criação ao crescimento e expansão internacional”.
À saída da Culturgest, Cavaco Silva escusou-se a responder a questões dos jornalistas.
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