O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, disse hoje que ainda acredita na reconquista do título português de futebol, numa altura em que faltam duas jornadas para o fim da I Liga, apesar de estar consciente das dificuldades.
O treinador dos ‘dragões’ explicou que enquanto for “matematicamente possível” todo o grupo acredita que pode chegar ao fim em primeiro lugar, mas admitiu que o empate 2-2 em Vila do Conde, frente ao Rio Ave, “complicou o percurso”, que prossegue no domingo, no estádio do Nacional, em jogo da 33.ª e penúltima jornada.
“É possível vencermos o campeonato. Temos dois jogos e temos de os ganhar. Depois temos de ver o que acontece nos outros. Não depende só de nós. Pensamos que é possível, senão não íamos à Madeira sequer dar despesas ao clube”, frisou o técnico da equipa campeã nacional, em conferência de imprensa.
Sérgio Conceição não espera facilidades no estádio da equipa madeirense, tendo em conta que o Nacional ainda luta pela manutenção, ocupando o 17.º e penúltimo lugar da prova, mas não admitiu outro cenário que não a vitória, até porque tem dois pontos de desvantagem para o Benfica, líder do campeonato.
“É um campo tradicionalmente difícil e nós temos que estar preparados. Vamos com o intuito de conquistar os três pontos. É uma final para eles, como é uma final para nós, de acordo com os objetivos de cada um”, lembrou.
A pressão dos últimos dois jogos do campeonato não é algo que preocupe o treinador da equipa ‘azul e branca’, até porque isso é algo que, admitiu, “se sente quando se trabalha num clube como o FC Porto”.
“Quando iniciamos o nosso trajeto num clube como o FC Porto estamos sob a pressão de ganhar todos os jogos. Nas competições internas, então, temos que assumir essa responsabilidade naturalmente. Num clube como o FC Porto temos sempre essa pressão em todos os jogos que fazemos”, observou.
Sérgio Conceição abordou ainda a ausência do médio mexicano Herrera do lote dos convocados, devido a castigo.
“Os jogadores são todos diferentes. Naquilo que é a nossa dinâmica, ele tem jogado muitas vezes. Não estando ele, estará outro jogador, se calhar mudando um pouco essa dinâmica. Nunca me queixei de ausências, nunca me viram queixar por o nosso melhor marcador do ano passado não estar durante quase toda a época. Vamos tentar dar uma resposta positiva”, explicou.
À margem do jogo, Sérgio Conceição falou da situação que aconteceu no final do encontro com o Desportivo das Aves, na jornada anterior, em que o plantel portista não celebrou com os adeptos a vitória, o que levou algumas centenas de pessoas a ficarem nas bancadas até o grupo se deslocar novamente ao relvado.
“Não é só o Sérgio Conceição que não gosta de perder. Na minha opinião foi uma reconciliação de posições. As pessoas sabem que os adeptos não gostam de perder e nós também não. A forma como se manifestam é que se pode julgar. Já disse que não gostei do que aconteceu no final do jogo com o Rio Ave. O importante era tirar dessa situação um compromisso. E foi isso que aconteceu. O compromisso de os adeptos apoiarem, como sempre, e de nós darmos tudo, como sempre. O resto é tudo treta”, assinalou.
O treinador portista foi ainda questionado sobre a possibilidade de estar insatisfeito com o desempenho da equipa esta época e garantiu que “só estaria se fosse estúpido”, lembrando o percurso que já fizeram esta época.
Sérgio Conceição, que se manifestou satisfeito com a época realizada pelo FC Porto, foi ainda questionado sobre se tem vontade de sair do clube no final da época: “Fala-se de muita coisa. E a melhor coisa é não abrir a boca. No final da época falaremos. Fica a promessa”, afirmou.
O FC Porto, segundo classificado, desloca-se no domingo à Madeira para defrontar o Nacional, 17.º colocado, em jogo da 33.ª e penúltima jornada da I Liga de futebol , com início às 17:30 horas,
JYA // RPC