Crimes
Conimbricense confessa que passou “com o carro sete vezes por cima da ex-namorada”
A defesa do homem acusado de passar com o carro sete vezes por cima da ex-namorada, uma investigadora venezuelana de 35 anos, em São Mamede de Infesta, pediu ao Tribunal de Matosinhos que mande fazer uma perícia psiquiátrica para averiguar se o arguido “padece de anomalia psíquica” e tem a sua “imputabilidade diminuída”.
O julgamento do homicídio de Daniela Padrino, que se tinha queixado às autoridades do arguido, tem início agendado para quarta-feira, 8 de janeiro, no Tribunal de Matosinhos.
Será a segunda vez que o arguido, João Pedro Oliveira, com 43 anos e residência em Coimbra, mas em prisão preventiva na cadeia de Custoias, vai responder pelo homicídio qualificado de uma namorada. No primeiro caso, matou a vítima com várias facadas, em Castelo Branco, e apanhou 16 anos de prisão, mas saiu em liberdade de condicional ao fim de 11, escreve o Jornal de Notícias.
Na contestação à acusação, a defesa invoca precisamente o caso de Castelo Branco, dizendo que o arguido, durante o período em que esteve detido, “teve parco ou nenhum acompanhamento psiquiátrico ou psicológico”.
Quando saiu em liberdade condicional procurou acompanhamento clínico de psicologia e psiquiatria, o que também recebeu entre março de 2021 e outubro de 2023.
Foi medicado, e é nessa altura que inicia o relacionamento com Daniela. “E foi na sequência do seu rompimento de 23 de outubro de 2023 que não mais regressou às consultas de Psiquiatria e Psicologia”, deixando também a medicação, pode ler-se.
A defesa acrescenta que o arguido tentou pôr fim á vida a 13 de novembro. Por isso, diz que não pode deixar de “suscitar a cabal averiguação das patologias de índole psiquiátrica e de personalidade de que o arguido comprovada e notoriamente padece”.
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