Desporto

Conimbricense Catarina Costa diz sair “desiludida” do Mundial. Agora é pensar nos Jogos Olímpicos

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 06-06-2021

A judoca Catarina Costa admitiu hoje sair “um pouco desiludida” com o nono lugar nos -48 kg dos Mundiais de Budapeste, mas lembrou que a competição não é uma prioridade em ano de Jogos Olímpicos.

“Saio um pouco desiludida, porque sei que o meu valor e as minhas capacidades davam para um pouco mais, ainda assim de consciência tranquila porque dei tudo o que tinha no tapete, procurei sempre a vantagem”, reconheceu a judoca, em declarações à assessoria de imprensa.

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Catarina Costa, que está em lugar de apuramento para os Jogos Olímpicos, chegando aos Mundiais em Budapeste como oitava do mundo nos -48 kg, explicou as circunstâncias nos dois combates realizados, em que venceu a sul-africana Geronay Whitebooi (39.ª), e perdeu com a argentina Keisy Perafan (49.ª).

“No último combate, fiquei cedo tapada pelos castigos [com dois ‘shido] e não podia errar, não podia cometer nenhum erro, portanto tinha de atacar pela certa e para marcar, foi isso que procurei fazer. Faltou a eficácia nos ataques”, admitiu.

A judoca de Coimbra, de 24 anos, lembrou que é um ano de Jogos Olímpicos, adiados em função da pandemia da covid-19, o que faz com que os Mundiais, que não acontecem em ano de Jogos, quase coincidam desta vez com o maior evento desportivo mundial.

“O foco são os Jogos Olímpicos, nesta fase procurámos treinar, fazer muito volume de ‘randori’, estou com muita carga de treino e o único aspeto que falhou foi esse [a eficácia nos ataques], o que não trabalhámos, porque não era o foco agora”, justificou.

Com estatuto de cabeça de série e depois de estar isenta na primeira ronda, a judoca conimbricense chegou à terceira eliminatória, o que a deixou no nono lugar.

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“Sei que podia chegar mais longe e que o meu valor não é este. Se fosse um ano normal e não tivéssemos os Jogos Olímpicos, estaria mais bem preparada, mas, como disse, o meu foco não é este, ainda assim fiz dois bons combates, há muito a tirar deles”, insistiu Catarina Costa.

No primeiro dia em Budapeste, também Maria Siderot competiu nos -48 kg, categoria em que foi 11.ª, também com uma vitória e uma derrota, lugar idêntico ao de Rodrigo Lopes, que procurava somar pontos na qualificação olímpica, mas perdeu ao segundo combate nos -60 kg.

A seleção portuguesa conta ainda com mais 10 judocas nos Mundiais, que prosseguem na segunda-feira com a discussão nas categorias de -52 kg, com Joana Ramos e Joana Diogo, e de -66 kg, com João Crisóstomo.

Telma Monteiro, quatro vezes vice-campeã mundial, compete nos -57 kg na terça-feira, bem como Wilsa Gomes, enquanto o campeão mundial dos -100 kg, Jorge Fonseca, entra no ‘tatami’ da Arena László Papp na sexta-feira.

João Fernando (-73 kg), na terça-feira, Anri Egutidze (-81 kg), na quarta-feira, a vice-campeã mundial Bárbara Timo (-70 kg), na quinta-feira, e Rochele Nunes (+78 kg), no sábado, completam o lote dos judocas portugueses que ainda competem nestes Mundiais.

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