O Mosteiro de Santa Maria de Seiça recebe até dia 13 de abril a exposição itinerante “Os Frutos da Liberdade”, uma mostra única de obras gráficas da renomada artista portuguesa Vieira da Silva.
Inaugurada no sábado, dia 8 de março pelo presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, e por Nuno Faria, Diretor do Museu da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, a exposição, composta por 30 gravuras de Vieira da Silva, uma “mulher muito forte, que “não falava muito, mas quando falava fazia-se ouvir”, insere-se nas celebrações dos 50 anos da Democracia em Portugal e tem como mecenas o Banco BPI e Fundação La Caixa.
Os trabalhos, criados entre as décadas de 60 e 90 do século XX, com recurso a distintas técnicas e que refletem diferentes temáticas, abrem, de acordo com Nuno Faria “a porta” e “apresentam um conjunto de pistas para conhecer a obra gráfica” de Vieira da Silva, em particular a sua visão sobre um período em que a liberdade era limitada.
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Nuno Faria agradeceu a Pedro Santana Lopes o acolhimento, referiu esperar que esta exposição seja a primeira de “muitos frutos” a colher da colaboração com o município, mostrou-se “impressionado” pela competência da equipa do Mosteiro e frisou que “este sítio [Mosteiro] está a ganhar uma força muito grande no panorama cultural”.
Já Pedro Santana Lopes, que privou com Maria Helena Vieira da Silva, uma vez que foi um dos mediadores da criação do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, enquanto representante do Governo português, lembrou alguns episódios vividos com a mesma, nomeadamente a escolha do local para instalação do Museu, uma fábrica de produção de tecidos de seda, situada na Praça das Amoreiras, em Lisboa, um local com bastante significado para a artista pelo seu contexto histórico e também pela proximidade aos ateliês onde ela e o marido trabalharam.
O presidente da autarquia salientou que, apesar de Vieira da Silva ter vivido com a mágoa de nunca ter sido atribuída a cidadania portuguesa a Arpad Szenes e de, ao casar com o pintor húngaro lhe ter sido retirada a nacionalidade portuguesa, tendo-se tornado ambos apátridas, nunca cortou as suas raízes com Portugal.
A exposição pode ser visitada de quarta-feira a domingo, das 14:00 às 18:00.
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