Mundo
Condutor de autocarro escolar envolvido em acidente mortal em França consumiu canábis
Imagem: Twitter
O condutor do autocarro escolar envolvido num acidente em França na quinta-feira, que resultou na morte de uma estudante de 15 anos, tinha consumido resina de canábis, segundo os resultados de análises sanguíneas, anunciou hoje a procuradoria.
A presença de resina de canábis, também designada como haxixe, com um limiar superior a 0,5 nanogramas, não pode ser atribuída a um consumo passivo, como alegado pelo condutor, afirmou hoje o procurador de Chartres (a oeste de Paris), Frédéric Chevallier, em comunicado, acrescentando que a detenção do condutor foi prolongada.
Já o homem detido alegou que “não se tratava de consumo de estupefacientes, mas de contaminação passiva, o que explicaria a presença da droga detetada, uma vez que não consumia drogas desde dezembro”.
PUBLICIDADE
O condutor, de 26 anos, justificou que era a sua companheira, consumidora regular, “que poderia estar na origem deste resultado”, salientando que “por vezes acende os ‘charros’ que ela fuma” e apelou pelo direito de pedir uma segunda opinião, segundo o procurador.
O condutor do autocarro também mantém a sua versão dos acontecimentos, “a da presença de um veículo de terceiros cuja manobra o obrigou a desviar-se da sua trajetória, fazendo-o perder o controlo do seu autocarro”.
As audições de todas as testemunhas prosseguem na sexta-feira, segundo o procurador.
“Um deles, o condutor de um veículo que circulava atrás do autocarro, tinha uma câmara no seu veículo que lhe poderá permitir avaliar as condições do acidente”, acrescentou.
De acordo com as primeiras investigações e análises, “o facto do autocarro estar a passar por um terceiro veículo no momento do acidente não é confirmado pela análise desta câmara”.
A investigação prosseguirá sob a direção e o controlo de um juiz de instrução, que será nomeado pela Procuradoria de Chartres na tarde de sexta-feira.
O condutor será apresentado a um juiz e a procuradoria pedirá a sua prisão preventiva, segundo o magistrado.
As acusações incluem “homicídio involuntário agravado pelo facto do condutor conduzir sob a influência de um estupefaciente e lesões não intencionais agravadas pela mesma circunstância com um ITT (incapacidade temporária total da vítima) inferior a três meses”.
A autópsia ao corpo de Joanna, a estudante de 15 anos do Liceu Emile-Zola, em Châteaudun (no centro do país), que morreu no acidente, está atualmente a ser realizada no Instituto Médico de Garches, e os resultados só serão conhecidos na tarde de sexta-feira.
Nenhum dos outros 20 alunos feridos se encontra hospitalizado, embora um deles tenha sido sujeito a uma ausência total de 21 dias do trabalho.
Related Images:
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE