A primavera traz mais do que flores e temperaturas amenas, também é a época em que ajustamos os relógios para o horário de verão. Mas e se esta prática desaparecesse para sempre?
Embora seja uma tradição seguida por mais de 70 países, o impacto do horário de verão está a ser cada vez mais questionado, e alguns especialistas defendem que já passou da hora de o eliminar.
Nos Estados Unidos, um projeto de lei chamado Sunshine Protection Act foi reintroduzido no Congresso para tornar o horário de verão permanente. Enquanto isso, estados como o Havai e o Arizona já abandonaram a mudança de horário, e outros 19 estados expressaram interesse em seguir o mesmo caminho. Na Europa, o Parlamento Europeu votou para eliminar a mudança bianual dos relógios em 2018, mas as negociações ainda não avançaram, pode ler-se no Reader’s Digest.
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Se o horário de verão for abolido, quais seriam os efeitos no dia a dia? Especialistas explicam o que mudaria:
Melhor qualidade de sono – A alteração da hora afeta o ritmo circadiano, levando até sete dias para o corpo se ajustar. A eliminação do horário de verão resultaria em noites mais estáveis e descansadas.
Menos problemas cardíacos e AVCs: Estudos mostram um aumento de 24% no risco de enfarte na segunda-feira seguinte à mudança de horário e um aumento de 8% no risco de AVC. Sem mudanças bruscas, estes riscos seriam reduzidos.
Menos acidentes rodoviários: O aumento de acidentes na segunda-feira após a mudança para o horário de verão é atribuído à privação de sono. Sem essa alteração, o número de sinistros fatais poderia diminuir.
Redução de custos económicos: A mudança de horário custa milhões anualmente, devido à perda de produtividade, aumento de problemas de saúde e falhas na sincronização de horários comerciais.
Menos crimes ao entardecer: A luz natural prolongada reduz crimes como roubos e agressões, mas o fim do horário de verão poderia impactar essa tendência.
Embora o debate continue, uma coisa é certa: a eliminação do horário de verão traria mudanças significativas para a sociedade.
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