Em Portugal, desde 1989 que é possível fazer pagamentos de serviços como luz e água nas caixas multibanco.
Mais recentemente, surgiram instituições de pagamento, devidamente autorizadas pelo Banco de Portugal e pelos bancos nacionais dos países de origem, que servem de intermediárias entre o vendedor e o comprador.
Ao concluir um pagamento por referência multibanco, a entidade que lhe irá aparecer no comprovativo ou no extrato bancário é a instituição que gera os dados e não quem está, realmente, a vender o artigo. Desta forma, em caso de problemas, é muito mais complicado identificar o vendedor e recuperar o dinheiro. A informação associada a cada referência é confidencial, e é garantido o anonimato, mesmo que, mais tarde, possa vir a ser partilhada com as autoridades, explica a DECO PROteste.
PUBLICIDADE
Para evitar burlas, proteja os dados pessoais. O primeiro cuidado é procurar todas as informações disponíveis sobre a loja antes de introduzir os seus dados pessoais. As informações sobre as entidades que vendem online estão disponíveis por toda a parte.
Verificar o site da loja: Comece por confirmar que o site apresentado é credível. Uma página segura apresenta uma chave ou um cadeado no canto superior esquerdo do ecrã, e o respetivo endereço começa por “https”. O próprio site da loja deverá ter mais informações, como o nome completo da entidade, os contactos e o endereço físico onde a empresa está estabelecida. O site também deve disponibilizar as informações obrigatórias e a indicação dos meios de reclamação à disposição do consumidor, entre outros dados que podem ajudar a esclarecer dúvidas.
Escolher outra forma de pagamento: Nenhum meio de pagamento está isento de riscos. Por exemplo, ao pagar com o MB Way, apesar de não partilhar os seus dados bancários com o comerciante, se tiver a aplicação instalada e a autorização dada ao banco, com o número de telefone da outra parte e o valor, completará o pagamento em poucos passos. As más notícias podem chegar depois, caso se tenha enganado no número ou seja uma burla.
Caso se confirme a suspeita de que foi burlado, há vários fatores que podem estar em causa. Em primeiro lugar, os dados pessoais que introduziu para avançar com o pagamento podem vir a ser utilizados indevidamente por terceiros. Além disso, é muito possível que o valor pago seja irrecuperável e que fique sem saber a quem exigir o artigo pago e não recebido.
Caso seja lesado, verifique com a instituição de pagamento se é possível obter reembolso. Algumas instituições contemplam essa possibilidade, a pedido do consumidor.
A burla é crime, e até a tentativa de burla é punível com pena de prisão até três anos ou multa. No entanto, o procedimento criminal implica a apresentação de queixa. Se for vítima, apresente queixa às autoridades, como a Guarda Nacional Republicana, a Polícia Judiciária, a Polícia de Segurança Pública ou mesmo o Ministério Público.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE