Coimbra

Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra manifesta o seu júbilo pela entrada em vigor do Tratado Internacional de Proibição de Armas Nucleares

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 22-01-2021

Hoje, 22 de janeiro de 2021, pelas 00:00, entrou em vigor o Tratado Internacional de Proibição de Armas Nucleares. Culminando um trabalho de cinco anos na ONU, o mesmo Tratado representa o primeiro instrumento multilateral juridicamente vinculante para o desarmamento nuclear.

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É um começo de caminho, mas é, simultaneamente, um passo gigantesco para a Humanidade. Culmina um movimento mundial de consciencialização sobre consequências catastróficas das consequências do uso das armas nucleares com a potencial aniquilação do Homem, salienta a Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra.

 “Num momento em que a sociedade global necessita de uma nova Esperança o Tratado constitui inspiração na criação de condições de Paz e Justiça. Representa um tributo às vítimas das explosões, e testes nucleares, ao longo dos últimos setenta e cinco anos, as quais lhe dão a força moral fundamental. Como assinalou o Papa Francisco, referindo esta data histórica, importa a “…determinação para promover as condições necessárias a um mundo sem armas nucleares, contribuindo para o avanço da paz e da cooperação multilateral, de que a humanidade tanto precisa hoje em dia”, acrescenta a Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra.

No total, 122 países aprovaram o Tratado na Assembleia Geral da ONU em 7 de julho de 2017. Ratificado por 50 países e assinado por 86, o Tratado foi assinado por quase todas as nações de língua oficial portuguesa, nomeadamente Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Da comunidade dos países lusófonos Portugal não subscreveu o mesmo Tratado, considerando que “não responde à necessidade de desarmamento e não observa as preocupações de segurança de muitos países”.

A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra manifesta o seu júbilo pela entrada em vigor do Tratado e a sua profunda desaprovação à posição de Portugal. Não compete ao nosso país assumir a defesa, ou a subserviência, perante interesses de terceiros, mas sim assumir o que lhe é imposto pela procura da Justiça e da Paz.

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