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Comemorações em Unidade da GNR deixam guardas sem férias

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 23-10-2021

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) condenou hoje a proibição de férias aos profissionais da Unidade de Controlo Costeiro até sexta-feira, para apoio das celebrações do dia daquela unidade, considerando “incompreensível” esta gestão de recursos humanos.

“Contrariando qualquer noção de boa gestão de recursos, quer humanos, quer materiais, antevê-se que a Unidade de Controlo Costeiro – UCC irá levar a cabo festividades megalómanas, junto ao quartel da UCC de Setúbal”, denuncia a associação, em comunicado hoje divulgado.

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A “pompa da cerimónia”, segundo a associação, vai contrastar com o estado em que se encontra o interior e a fachada do quartel de Setúbal, que diz estar em estado de “degradação visível” e que “carece de intervenção urgente”, questionando o dispêndio de verbas do orçamento da Guarda em “festas aparatosas, quando há escassez de recursos financeiros para intervenções essenciais”.

Entre essas intervenções, a APG/GNR destaca o adiamento das manutenções periódicas das embarcações, que diz poder colocar em risco a integridade física dos profissionais, considerando “absolutamente inadmissível” o comando da UCC ter proibido o usufruto de licença de férias, entre 18 e 29 de outubro, para garantir o apoio à cerimónia.

“Sendo a UCC de âmbito nacional e, para apoiar o evento, devido aos escassos recursos humanos, é expectável que venham profissionais de todo o país para Setúbal que serão desviados da sua missão orgânica de segurança pública, o que nos parece, a todos os títulos, incompreensível”, salienta.

A associação acrescenta que o sentimento festivo que a Guarda pretende promover na sexta-feira, 25 de outubro, “certamente não corresponderá ao descontentamento” dos profissionais proibidos de agendar férias, bem como de todos os outros “que serão forçados a deslocar-se até Setúbal, em prol da comemoração de uma fulcral valência da Guarda, à qual dão o melhor de si diariamente, mas que não tem os seus direitos e condições de serviço como prioridade”.

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